Comediante pede desculpa depois de mostrar cabeça decapitada de Trump

Kathy Griffin partilhou nas redes sociais imagem em que segurava uma réplica de uma cabeça decapitada, com feições muito semelhantes às dos presidente dos EUA
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Kathy Griffin, comediante norte-americana, divulgou ontem, terça-feira, uma fotografia em que segurava uma cabeça decapitada com feições semelhantes às do presidente norte-americano. A sátira, porém, não foi bem recebida, algo que Griffin parecia adivinhar: durante a sessão fotográfica, terá dito ao fotógrafo Tyler Shields - conhecido por divulgar imagens descritas como chocantes - que teriam de se mudar para o México logo que as imagens fossem divulgadas, de outra forma acabariam na prisão.

As reações à imagem, divulgada inicialmente pelo site TMZ e depois partilhada pela comediante, começaram nas redes sociais: a polémica estalou porque muitos apontaram que os órgãos de comunicação social dos EUA estavam a ignorar a fotografia de Griffin e não o teriam feito caso o alvo fosse o antigo presidente Obama . E houve mesmo quem chamasse à humorista uma "lunática psicótica que tem mais em comum com o Estado Islâmico do que com os Estados Unidos".

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"Vamos ser honestos - se um conservador fizesse isto a um presidente democrata estaria sujeito a um inferno incomensurável", apontava outro internauta.

Horas depois da divulgação da foto, Kathy Griffin veio admitir que tinha "pisado o risco" e que a imagem era demasiado perturbadora. "Peço desculpa sinceramente, estou agora a ver a reação a estas imagens".

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Assinalando que faz comédia e que, por vezes, ultrapassa os limites do aceitável, Griffin admitiu que foi longe de mais. "A imagem é perturbadora e compreendo que ofenda as pessoas", frisou, alertando que já pedira ao fotógrafo para remover a imagem da internet e a própria apagou as partilhas que fizera nas redes sociais.

As críticas vieram de todos os quadrantes políticos: um dos filhos de Trump considerou que a fotografia era repugnante mas não surpreendia. "Imaginem que um conservador fazia isto enquanto Obama era o presidente dos EUA?", questionou.

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Mitt Romney, antigo candidato presidencial dos republicanos, escreveu no Twitter: "a nossa política tornou-se demasiado básica, baixa e vulgar, mas o post da Kathy Griffin desce ainda mais, a um território repugnante e vil".

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E até as pessoas que, habitualmente, não defendem Trump, criticaram a piada. Uma delas foi Chelsea Clinton, a filha de Bill e Hillary Clinton: "nunca é engraçado fazer piadas sobre a morte de um presidente", escreveu no Twitter.

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A CNN, estação em que Griffin protagoniza habitualmente o programa de véspera de ano novo, anunciou que está a ponderar a continuidade da humorista, por considerar que a fotografia era "repugnante e ofensiva".

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Quem também comentou o caso foi Anderson Cooper, que faz par com Griffin na CNN. "É claramente repugnante e completamente inadequado", afirmou.

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