Turismo do Centro alarga mercado interno através de parcerias com regiões transfronteiriças

O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, disse hoje que o caminho para alargar o mercado interno da região passa pelas parcerias estabelecidas com as regiões transfronteiriças de Castela e Leão e Estremadura espanhola.
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"Este triângulo de proximidade, que a fronteira não divide, potencia de facto a capacidade de chegarmos a esses milhões de turistas estrangeiros que entram na Península Ibérica", sublinhou Pedro Machado, em Leiria, na sessão de abertura do 4.º Fórum Turismo Interno Vê Portugal.

Desde 2016, que o Turismo Centro de Portugal e as duas congéneres espanholas trabalham em conjunto, adiantou o responsável, numa cerimónia que contou com o diretor geral de Turismo de Castela e Leão.

"Há muito tempo que o paradigma da promoção turística e, muito em particular, a potenciação do mercado nacional, do ponto de vista da competitividade interna, mas muito em particular da competitividade externa, reside muito mais força que conseguimos ter juntos do que naquilo que nos divide", disse.

O mercado ibérico, que recebe anualmente cerca de 90 milhões de turistas estrangeiros, "é um mercado que pode e deve ser trabalhado em conjunto".

"Ao invés de olharmos para dentro das nossas fronteiras, este acordo com Castela e Leão e Estremadura permite que possamos potenciar outros mercados, nomeadamente externos", sublinhou.

Pedro Machado considera que as parcerias que se "estabelece com os congéneres das regiões transfronteiriças ajudam a mudar o próprio posicionamento daquilo a que muitos chamam territórios de baixa densidade".

"Podemos através deste trabalho conjunto de parceria colocarmos os territórios do interior numa viagem integrada e de equidistância entre dois mercados, como são naturalmente o mercado espanhol e português, fazendo com que a sua convergência signifique meia distância entre os grandes aglomerados populacionais", frisou.

O presidente da Turismo Centro de Portugal anunciou que, em 2016, a região valeu 270 milhões de euros em hotelaria, cerca de 100 milhões em viagens, 40 milhões entre jogo e casino, e mil milhões de euros em restauração e bebidas.

De acordo com Pedro Machado, foram ainda registadas 38 milhões de dormidas de turistas estrangeiros e cerca de 15 milhões de dormidas de turistas nacionais, correspondentes a 11,4 milhões de hóspedes estrangeiros e praticamente 7,6 milhões de portugueses.

Organizado pelo Turismo Centro de Portugal, em parceria com a Câmara Municipal de Leiria, o 4.º Fórum Turismo Interno Vê Portugal decorre entre hoje e quarta-feira, em Leiria, para debater programas de apoio à valorização dos destinos turísticos, alargamento do mercado interno com as parcerias transfronteiriças, a importância das indústrias criativas no setor e como promover e vender um destino turístico.

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