Ribau diz que antiga lota não é alternativa para parque no Rosssio de Aveiro

O presidente da Câmara de Aveiro disse hoje que a zona da antiga lota não é alternativa para a construção de estacionamento subterrâneo, em vez do Rossio, por ser mais sensível em termos ambientais.
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Em declarações à Lusa, Ribau Esteves afirmou que "quem vem agora defender que o parque de estacionamento seja feito nos terrenos da antiga lota está a esquecer-se de que aqueles terrenos têm dono e estão rodeados pela Ria, por quase todos os lados".

"Os terrenos da lota têm dono que se chama administração do Porto de Aveiro. Todos os terrenos desde o viaduto da A25 até ao fim da lota é domínio privado da administração do Porto de Aveiro", sublinha.

O autarca lembra também que para aquela zona está em vigor o plano de urbanização do programa Polis, o qual "prevê imensa construção, mas pouco estacionamento à superfície e nenhum em cave".

Ribau Esteves argumenta também com os impactos ambientais que teria o parque na zona da lota: "está no meio da Ria, rodeada de água por quase todos os lados, pelo que é ainda mais sensível, enquanto o Rossio está junto a um canal urbano e envolvido por área urbana consolidada".

Para justificar que a opção pelo estacionamento em cave é uma forma de retirar carros do bairro típico da beira-mar, o presidente da câmara avança com números: "atualmente no Rossio nós temos 9.000 metros quadrados que são usados para estacionar ou circular viaturas, enquanto no estudo prévio essa área passa a ser apenas de 4.300 metros quadrados".

No que respeita ao receio de que a obra possa provocar danos nas habitações e arrastar-se no tempo, prejudicando o turismo, o autarca diz confiar nos técnicos e refere que "o sistema construtivo escolhido garante um nível elevado de fiabilidade".

Já quando confrontado com o exemplo recente de uma obra que ficou parada devido à falência do empreiteiro, argumenta que não podem ser dadas garantias quanto a isso, mas que o risco é reduzido, dadas as exigências do tipo de alvará.

Ribau Esteves considera que são os partidos da oposição que fomentam a contestação à requalificação do Rossio.

"Em Aveiro, a esquerda é a oposição à câmara e é natural que os partidos da oposição procurem tratar os dossiers com maior relevância política. O histórico do processo é sempre assim: primeiro o movimento Juntos pelo Rossio toma uma posição, minutos depois sai a posição do PS, horas depois sai a posição do Bloco de Esquerda e poucos dias depois sai a posição do PCP", ironiza.

Ribau Esteves põe ainda em causa a independência do movimento contestatário: "o Partido Socialista continua a ser patrocinador do movimento Juntos pelo Rossio, pagando o 'Outdoor' que está na rotunda do marnoto, usado por aquele movimento".

Lusa / Fim

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