PR/México: Marcelo salienta crescimento das relações económicas e da comunidade portuguesa

O Presidente da República, que vai iniciar no domingo uma visita de Estado ao México, salientou, em declarações à agência Lusa, o aumento das relações económicas bilaterais e o consequente crescimento da comunidade portuguesa naquele país.
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Numa antevisão desta deslocação aos Estados Unidos Mexicanos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "será uma visita muito condensada, muito curta, muito cheia, obviamente, com uma tonalidade económica muito forte - e importante, sobretudo, para o futuro do tecido empresarial português".

O chefe de Estado referiu que "hoje há muitas empresas portuguesas, e empresas importantes, que escolheram o México como destino de atividade," e que, "tirando o Brasil, é o país com maior presença económica portuguesa na América Latina, conjuntamente com a Colômbia".

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que a presença económica portuguesa "está a crescer, permanentemente", e que este contexto de "importantíssimo relacionamento económico" justifica o fórum empresarial que se vai realizar na terça-feira, último dia da sua visita de Estado.

A lista de mais de 40 empresas inscritas no Fórum Empresarial Portugal-México, a que a Lusa teve acesso, inclui a construtura Mota-Engil, o grupo Visabeira, a farmacêutica Bial, a EDP Renováveis e a Efacec, os bancos Millennium BCP e Santander Totta, a Vista Alegre, a empresa de maquinaria Siroco, a rede de ginásios VivaFit, a tecnológica WeDo e a empresa de materiais de construção Revigrés.

Nas declarações que fez à agência Lusa, o Presidente da República destacou também o encontro que terá, na segunda-feira à noite, com a comunidade portuguesa no México, "que está a aumentar" em consequência das relações económicas: "À medida que aumenta a presença económica, aumenta o número de trabalhadores e de quadros portugueses".

Segundo o embaixador de Portugal no México, Jorge Roza de Oliveira, "a comunidade portuguesa tem crescido exponencialmente na última década".

Os emigrantes portugueses dos anos 50 e 60 do século XX somavam "cerca de 300, 400 pessoas", e atualmente estima-se que haja "à volta de 2500 portugueses" a residir no México, disse o embaixador à agência Lusa.

"Na maioria, são empresários, ou com empresas portuguesas aqui estabelecidas, ou em multinacionais, ou em empresas mexicanas. É uma comunidade hoje sobretudo empresarial, a maioria concentrada na capital e no Estado do México circundante", descreveu.

Jorge Roza de Oliveira adiantou que "há cerca de 80 empresas portuguesas estabelecidas no México, nos mais variados setores", desde as plataformas educativas e plásticos e moldes para a indústria automóvel às infraestruturas e energias renováveis, "sendo a maior a Mota-Engil".

O chefe de Estado estará no México entre domingo ao final do dia e o início da tarde de terça-feira, numa visita de Estado concentrada na capital mexicana.

Na segunda-feira, vai visitar e inaugurar oficialmente as instalações da Mota-Engil na Cidade do México, construtora que celebra o 10.º aniversário da sua presença neste país, e será recebido pelo Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, no Palácio Nacional.

No plano cultural, além do próprio Palácio Nacional, que foi residência do conquistador espanhol Hernán Cortés e está decorado com famosos murais de Diego Rivera, Marcelo Rebelo de Sousa vai visitar a Catedral Metropolitana e as ruínas do Templo Mayor, do tempo dos astecas, e o Museu Frida Kahlo, na casa onde viveu a pintora.

A sua comitiva nesta viagem inclui o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís de Castro Henriques, e os deputados Luís Campos Ferreira, do PSD, Edite Estrela, do PS, Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS-PP, e Rita Rato, do PCP.

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