A posição foi transmitida aos jornalistas pelo presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC-TEC), José Manuel Mendonça, no final de uma reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, em Lisboa, sobre a proposta do OE2019, entregue na segunda-feira no parlamento. .Falando em nome dos diretores dos 26 laboratórios associados, que se reuniram com o ministro, José Manuel Mendonça disse que a "opinião generalizada" sobre o orçamento para a ciência é de "satisfação e contentamento", em particular com "o reforço" de verbas para o emprego científico (contratação de investigadores-doutorados) e para os projetos de investigação e inovação. .O presidente do INESC-TEC assinalou que a "robustez do financiamento" traz "desafios e novas responsabilidades" para as instituições, como a de criarem "sistemas internos de avaliação"..Os laboratórios voltaram a insistir na necessidade de desburocratização do setor. .O investimento em ciência e tecnologia cresce, no próximo ano, 11,5% para 616,5 milhões de euros, segundo a proposta de OE2019 divulgada na segunda-feira pelo ministério da tutela..De acordo com o programa orçamental para o setor, facultado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) terá em 2019 uma dotação inicial para investimento de 616,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 11,5% face às dotações iniciais de 2018..Na dependência do ministério, a FCT é a principal entidade que financia a investigação em Portugal..Para este aumento nas dotações para investimento da FCT, que incluem todas as fontes de financiamento, nomeadamente transferências de fundos comunitários, contribui, em particular, a subida do 'bolo' financeiro destinado ao emprego científico, que cresce 27,3% para 140,9 milhões de euros, e aos projetos de investigação e inovação, que aumenta 15,1% para 145,1 milhões de euros..Segundo a tutela, estas dotações permitem apoiar a contratação de investigadores-doutorados, que o Governo definiu 5.000 como meta até 2019, e assegurar o financiamento dos projetos de investigação em curso e o pagamento de 1.600 contratos de trabalho de cientistas no âmbito do concurso de projetos de 2017, mas cujos resultados finais foram conhecidos em junho de 2018..A proposta de Lei do OE2019, aprovada pelo Governo no sábado, foi entregue na segunda-feira à noite no parlamento, onde será discutida e votada na generalidade a 29 e 30 de outubro. A votação final global está agendada para 29 de novembro.