"A missão deste novo espaço cultural no Porto é ter produção independente e promover a visibilidade dos artistas do Porto ativando a relações com artistas internacionais. Queremos fazer deste espaço um ponto de colaboração entre o tecido artístico nacional e os artistas internacionais", disse Alexandra Balona, um dos membros fundadores do Rampa, em entrevista telefónica à Lusa..O Rampa é inaugurado na sexta-feira, pelas 21:00, numa "semi-cave", "com 240 metros quadrados de área" no Pátio do Bolhão, junto à Rua do Bolhão, com a exposição "Lost Lover", da curadora sul-africana Lara Koseff, onde se vai poder ver pela primeira vez no Porto a obra "Illusions Vol. II Oedipus", da artista portuguesa Grada Kilomba, que acaba de lançar em Portugal o livro "Memórias da Plantação"..O vídeo "Illusions Vol. II Oedipus" foi uma encomenda da 10.ª Bienal de Arte Contemporânea de Berlim, que esteve recentemente exposta na Power Plant, em Toronto, na Art Basel e na galeria Alexander & Bonin, em Nova Iorque, e que aborda o tema da "descolonização da arte e do pensamento" e é "um repensar as questões de raça e do colonialismo", explicou Alexandra Balona..A exposição "Lost Lover" conta ainda com mais 11 obras, todas instalações em vídeo, de mais 11 artistas, designadamente Athi-Patra Ruga, Dan Halter, Ghada Amer & Reza Farkhondeh, Jonah Sack ou Lunga Ntila, entre outros como William Kentridge..A exposição fica patente no Rampa até ao próximo dia 20 de junho..O Rampa nasceu este ano a partir da associação cultural Rampa 125 e conta com cerca de 10 elementos fundadores, entre os quais arquitetos, 'designers', curadores e artistas do Porto, descreveu Alexandra Balona, referindo que a programação vai ser "regular", mas que vai variar conforme a "especificidade de cada projeto".