Médicos sem Fronteiras alarmados com mortalidade por Sida na África do Sul
Os Médicos sem Fronteiras alertaram hoje para a taxa "inaceitavelmente alta" de mortes que a Sida provoca na África do Sul, embora o país seja líder na melhoria de acesso a tratamentos antirretrovirais.
"Restam grandes desafios para reduzir a mortalidade das inaceitavelmente altas 180.000 mortes por ano", assinalou o coordenador da organização para aquele país, Amir Shroufi, reagindo aos números de um estudo mundial apresentado hoje pelas Nações Unidas.
No estudo da ONU, indica-se que desde o ano 2000 quadruplicou o número de pessoas em tratamento em todo o mundo, que atingem hoje 20,9 milhões.
A doença, que é a fase mais avançada da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), é um problema grave na África do Sul, onde 4,2 milhões de pessoas recebem tratamento, um aumento meteórico desde 2000, quando apenas pessoas eram tratadas.
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"Para aumentar até 40 por cento das pessoas que ainda vivem com Sida e não estão a antirretrovirais, é preciso aumentar o acesso público a novas ferramentas, como o autodiagnóstico", afirmou Shroufi.
O objetivo da ONU é erradicar a Sida até 2030, contando-se 37 milhões de pessoas infetadas em todo o mundo.