Marcelo não comenta casos mas defende que "justiça rápida é mais justa"
O Presidente da República foi hoje questionado sobre o caso EDP, que envolve o antigo ministro da Economia Manuel Pinho, e reiterou que não comenta casos judiciais, mas defendeu que "a justiça rápida é mais justa".
"A justiça rápida é mais justa. Uma justiça não rápida não é justa", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, durante um percurso a pé na zona do Chiado, em Lisboa, em que visitou alfarrabistas e livrarias, no Dia Mundial do Livro.
O chefe de Estado tinha sido questionado sobre as recentes notícias relacionadas o caso EDP, que envolve o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, e Manuel Pinho, que foi ministro da Economia no primeiro Governo do PS chefiado por José Sócrates.
"Eu não comento casos concretos relativamente à intervenção da justiça. A justiça, quando tem de intervir, intervém", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que "aquilo que importa é que intervenha com celeridade".
No seu entender, "o único ponto em que o Presidente se pode pronunciar é este", da rapidez da justiça, e "esse é um ponto que é importante".
"É muito importante -- mas é na justiça, como é na saúde, como é na educação -- que não haja um choque entre as expectativas e a realidade. As expectativas que se criam quando há muitas notícias sobre muitos casos é de que vai haver um processo rápido e uma decisão que não fica para as calendas gregas", sustentou.
O Presidente da República referiu que "a realidade, às vezes, em vários domínios da vida portuguesa, é que se passam meses, anos, às vezes, décadas, e as pessoas, supondo que não morreram ainda, já desesperaram de ver um resultado que corresponda às expectativas".