Mais de 50 juntas assinam acordo com Governo para projetos recicláveis
Os contratos de financiamento foram assinados esta tarde, em Lisboa, numa cerimónia presidida pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e relacionam-se com apoios do Fundo Ambiental ao projeto "JUNTar: Economia Circular em freguesias".
Neste primeiro ano, o Fundo Ambiental recebeu 110 candidaturas, mas apenas 55 foram admitidas, representando um investimento total de cerca de um milhão de euros, sendo que o valor máximo elegível por cada candidatura era de 25 mil euros.
Em declarações à agência Lusa, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, manifestou-se "bastante satisfeito" com o interesse demonstrado pelas freguesias e pela "qualidade das propostas".
"Nós estávamos otimistas, mas o sucesso foi muito maior do que aquele que estávamos à espera. Tivemos 95 candidaturas muito boas, mas só foi possível aprovar 55 projetos", apontou o governante.
Estes projetos, que têm as juntas de freguesia como principais atores, são, no entender de João Pedro Matos Fernandes, "cruciais" para o desenvolvimento de uma economia circular, onde os bens são reaproveitados.
"O objetivo é promover uma regeneração de recursos. Só 9% dos recursos que vamos buscar à terra e transformámos é que tem mais de um uso, o que é insuportável a prazo. Nós temos que fazer mesmo que os bens durem mais tempo. Que possam ser reparados e acabar com os desperdícios", apontou.
Um dos projetos destacados pelo governante é o da junta de freguesia de Benfica, em Lisboa, que tem como objetivo combater os desperdícios de bens da primeira infância.
O projeto consiste na recolha de bens necessários desde o nascimento dos bebés até aos 36 meses de vida e na redistribuição para famílias, futuras utilizadoras.
Outro dos projetos é o da junta de freguesia de Matosinhos e Leça da Palmeira, no Porto, que consiste na criação de duas unidades de compostagem e de um mercado de troca por troca, no qual será promovida a troca de composto por livros usados, que irão para as bibliotecas das escolas.
O ministro do Ambiente perspetivou que, no próximo ano, o financiamento para este tipo de projetos possa ser superior.