A denúncia foi feita pelos promotores da Operação Lava Jato de São Paulo, que acusaram Lula da Silva de receber 1 milhão de reais (230 mil euros) da ARG em troca de influenciar o Governo da Guiné Equatorial a firmar contratos com esta empresa brasileira..Segundo a acusação, o pagamento do suborno teria sido dissimulado em doações da ARG ao Instituto Lula..Os procuradores da Lava Jato afirmam que o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, teria pedido em 2011 a Lula da Silva que influenciasse o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, para que aquele país mantivesse em curso os contratos firmados com a empresa para obras rodoviárias..Em troca, o empresário teria oferecido "doações robustas" ao Instituto Lula..A denúncia apresenta e-mails encontrados em computadores no Instituto Lula, apreendidos em março de 2016 na Operação Aletheia, 24.ª fase da Operação Lava Jato de Curitiba..Entre as provas apresentadas pelos investigadores para atestar a prática de obtenção de vantagem ilícita estão recibos de pagamento das supostas doações e menções a uma carta do Presidente africano em que o governante africano teria pedido a intervenção de Lula da Silva junto da então Presidente Dilma Rousseff no quadro da entrada Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)..Há também a inclusão de uma carta do ex-Presidente brasileiro para Teodoro Obiang na qual Lula da Silva disse estar otimista com a inclusão da Guiné Equatorial na CPLP e também recomenda os serviços da ARG, escrevendo que a empresa "desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas"..Agora, a denúncia será analisada pela 2.ª Vara Federal de São Paulo, especializada em crimes financeiros branqueamento de capitais que irá determinar pela abertura ou não de um processo contra o ex-presidente brasileiro e o empresário Rodolfo Giannetti Geo, acusado de tráfico de influência em transação comercial internacional e branqueamento de capitais.