Lisgráfica passa de prejuízo a lucro de 8,2 milhões de euros em 2018

Lisboa, 07 mai 2019 (Lusa) -- A Lisgráfica, empresa de impressão de jornais e revistas, fechou 2018 com lucros de mais de 8,2 milhões de euros, face aos prejuízos de 1,9 milhões de euros registados em 2017.
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No comunicado divulgado pela gráfica na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pode ler-se que "o resultado líquido consolidado de 2018, positivo, situa-se nos 8.214 milhares de euros devido aos efeitos do registo dos impactos do Plano de Recuperação, no âmbito do Processo de Insolvência".

No mesmo comunicado, a Lisgráfica assume que os efeitos decorrentes deste plano ainda vão ter impactos significativos nos próximos anos através da implementação integral das medidas de reestruturação.

Na análise que faz ao setor, a Lisgráfica lembra que as empresas da indústria gráfica continuam a apresentar redução da procura, sendo que está a ser penalizado pela mudança de hábitos de leitura com reflexo nas vendas de jornais e revistas.

A empresa destaca que o investimento publicitário, no caso da imprensa, continua a registar um decréscimo gradual. E que os maiores editores de publicações semanais e mensais -- principais clientes da Lisgráfica -- enfrentaram quedas de receitas a nível publicitário entre 2 e 10% e também de circulação entre os 3 e 6%.

Face a este cenário a faturação do grupo caiu 11,4% para os 15 milhões de euros, contra os 16,9 milhões registados no exercício anterior.

Quanto a perspetivas de futuro, a Lisgráfica apoia-se no Plano de Recuperação que definiu para os próximos anos através do qual pretende melhorar o EBITDA, assim como a rentabilidade dos trabalhos produzidos com o aumento da eficiência.

Entre os objetivos deste plano está também ajustar a estrutura de custos fixos, por exemplo, nos gastos com rendas, número de funcionários e de equipamentos de produção a laborar.

Outra das metas é recalendarizar o serviço da dívida adaptando-o ao 'cash-flow' disponível para que a empresa possa cumprir as responsabilidades financeiras e suportar os custos com a reestruturação em curso.

A administração da empresa acredita que, apesar de a gráfica apresentar capitais próprios negativos, estas medidas vão produzir efeitos em 2019 e anos seguintes, assegurando a sustentabilidade da atividade e permitindo passar a ter resultados correntes e resultados operacionais positivos.

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