O jovem Arsénio Santos, oriundo de Mafra (distrito de Lisboa), declarou à agência Lusa que quando chegou à maior ilha açoriana, destacado no Regimento de Guarnição n.º 2, foi confrontado com o facto de apenas os romeiros, peregrinos da época pascal, terem por hábito realizar uma volta à ilha, durante uma semana, parando para dormir e comer..O ultramaratonista pretende com a iniciativa, designada AGIR 360 - Azores Green Island Run 360, transmitir uma mensagem aos jovens de que é possível ter um estilo de vida mais saudável em harmonia com o ambiente..Sob o lema "Se eu consigo correr a volta à ilha, tu consegues dar a volta à tua vida", Arsénio Santos, um amante da natureza, está "a programar fazer de dez em dez quilómetros uma pequena pausa para alimentação e abastecimento, a par do contacto com as pessoas", passando por cerca de 50 localidades.."Se queremos atingir um objetivo há mesmo que trabalhar, sendo esta volta um dos exemplos que se pretende passar aos mais jovens, além do incentivo à prática do desporto e atividade física, a par de uma boa alimentação e preocupações com o ambiente", declarou o militar à agência Lusa..Arsénio Santos pretende começar nas Portas da Cidade de Ponta Delgada às 07:00 de sábado, terminando às 13:00 de domingo, estando uma logística montada para que o ultramaratonista seja sempre acompanhado, através do escalonamento de várias pessoas..Fora do núcleo de apoio, "muitas outras pessoas têm manifestado interesse em juntarem-se à causa, fazendo pedaços do percurso" que vai realizar..O atleta, que não se considera um profissional, mas "alguém que tem um gosto pela corrida", já tem experiência adquirida, destacando a prova Estrela Açor, realizada na serra da Estrela e na serra do Açor, com 180 quilómetros, da qual foi o vencedor em 2017..Nesta prova "o grau de dificuldade é elevado por causa da altimetria e exigência do terreno". .Outra prova que o "marcou imenso devido às condições extremas de calor" foi a ultramaratona Caminhos do Tejo, um trajeto que os peregrinos realizam desde Lisboa até Fátima, e que foi materializado numa prova, a par da PT 281, realizada em 2018, com 290 quilómetros e "extrema dureza e duas noites sem parar", pelo que, face "à privação do sono e alucinações", se torna singular.