"Villa" romana de Pisões em Beja reabriu hoje ao público

A "villa" de Pisões, considerada um "importante testemunho" da presença romana no concelho alentejano de Beja e "uma das mais originais ´villae` romanas da Península Ibérica", reabriu hoje ao público, anunciou a proprietária e gestora do sítio arqueológico.
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Num comunicado enviado à agência Lusa, a Universidade de Évora (UÉ) refere que decidiu reabrir hoje a "villa" ao público, apesar de o sítio arqueológico, classificado como Imóvel de Interesse Público, estar a ser reabilitado e alvo de campanhas de estudo.

Para permitir a reabertura ao público, a UÉ explica que foi recuperado o Centro de Acolhimento e Interpretação da "villa", que disponibiliza ao visitante informação sobre o sítio arqueológico, e elaborado e sinalizado um percurso de visita.

Segundo a UÉ, a "villa" romana de Pisões, que foi ocupada no período romano entre os séculos I a.C. e IV d.C. e descoberta em 1967, vai poder ser visitada através de três modalidades, ou seja, uma sem e uma com marcação, desde hoje, e outra para escolas, "disponível em data a anunciar".

A modalidade sem marcação só está disponível mediante confirmação prévia para pequenos grupos de um a três visitantes, que são recebidos pela guarda do sítio, a qual os acompanhará numa visita às ruínas e às termas da "villa", depois de uma passagem pelo centro de acolhimento, onde a visita é introduzida através de meios audiovisuais.

A modalidade com marcação destina-se a visitas para grupos alargados, que devem ser agendadas junto da UÉ, com uma semana de antecedência pelo menos.

Já a modalidade para escolas vai incluir visitas guiadas à "villa", onde irão decorrer atividades científico-didáticas no âmbito das arqueociências e ciências do património, explica a UÉ, referindo que está a preparar programas de visita para escolas articulados aos vários níveis etários dos estudantes.

No passado dia 24 de agosto, a UÉ assinou um acordo para a concretização do Plano de Ação para a "Villa" Romana de Pisões com a Direção Regional de Cultura do Alentejo e a Câmara de Beja, as duas entidades que têm gerido o sítio em parceria e através de protocolos.

A abertura hoje ao público decorre do plano que a UÉ está a desenvolver para valorizar a "villa" com "múltiplas valências" e através da criação do Campo Experimental para as Arqueociências e Ciências do Património da Universidade de Évora, que terá três eixos de ação: investigação e desenvolvimento, valorização patrimonial e divulgação e formação.

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