Universidade do Porto conquista Cátedra UNESCO dedicada à proteção ambiental em África
Em comunicado, a U.Porto refere que esta Cátedra UNESCO "será dedicada ao desenvolvimento de uma rede colaborativa com instituições de ensino e investigação de seis países africanos na área da conservação da biodiversidade e da gestão e preservação dos recursos e do património natural".
A escolha da U.Porto para o estabelecimento desta Cátedra "resulta de uma candidatura submetida pelo seu Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO)", afirma a instituição.
O CIBIO-InBIO "propôs alargar a sua rede de parcerias com universidades e centros de investigação da África do Sul, de Angola, de Cabo Verde, de Moçambique, da Namíbia e do Zimbabué, tendo em vista o desenvolvimento de ações de capacitação científica e tecnológica, de formação avançada de recursos humanos e de transferência de conhecimento".
"Com uma duração de quatro anos, com início previsto já para janeiro e um orçamento total de cerca de 2,2 milhões de euros, esta Cátedra UNESCO intitulada 'Life on Land' terá como regente Nuno Ferrand de Almeida, Coordenador Científico do CIBIO-InBIO", acrescenta.
Para o reitor da U.Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, esta é uma distinção que "muito honra" a instituição de ensino superior e "surge como um reconhecimento do trabalho desenvolvido na criação de redes de colaboração entre universidades e investigação de diferentes países, em particular com os de expressão portuguesa".
"Mas é também uma enorme responsabilidade, porque coloca a U.Porto como um ator fulcral das estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável definidas pelas Nações Unidas, através de um projeto ambicioso, como potencial para ter um impacto significativo na ciência e nas comunidades locais dos países envolvidos", considera ainda o reitor.
Com esta Cátedra, é objetivo da instituição "promover a ligação da ciência à sociedade nos países parceiros, através de iniciativas que permitam dar a conhecer a importância urgente de se preservar os respetivos biodiversidade e património natural, mobilizando o cidadão comum para a realização de ações práticas a este nível".
A U.Porto conclui que este projeto pode constitui-se como uma eficiente ferramenta para garantir a preservação do meio ambiente e o uso sustentável dos recursos naturais, necessidades prementes face à crescente degradação dos ecossistemas em África, onde os desafios e problemas que restringem os esforços de conservação da biodiversidade são cada vez mais frequentes.