UE condena nova execução na Bielorrússia e pede abolição da pena de morte

A União Europeia condenou hoje a execução na Bielorrússia de um homem acusado de violação e de homicídio, instando o país a abolir a pena de morte caso queira manter um espírito de colaboração com o bloco comunitário.
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"Outra execução aconteceu na Bielorrússia. A União Europeia (UE) reafirma uma vez mais a sua oposição à pena capital em todas as circunstâncias", indicou um comunicado do gabinete da Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, a italiana Federica Mogherini, divulgado hoje.

Uma porta-voz da chefe da diplomacia europeia recordou que a aplicação da pena de morte vai contra a vontade expressa pelas autoridades bielorrussas de colaborarem com a comunidade internacional, incluindo com a UE, sobre este dossiê e de considerarem a introdução de uma moratória sobre o uso desta punição.

Na mesma nota informativa, a UE insta a Bielorrússia, o único país da Europa que ainda aplica a pena de morte, "a comutar as sentenças de morte atualmente proferidas e a introduzir, sem demora, uma moratória como um primeiro passo para a abolição".

Segundo o Ministério da Justiça bielorrusso, 245 pessoas foram condenadas à morte entre 1994 e 2014. Números que são contestados por organizações não-governamentais que estimam que cerca de 400 pessoas foram executadas desde o processo de independência do país, em 1991.

Siarhei Vostrykau, de 33 anos, foi fuzilado na sexta-feira. Era o último preso no denominado corredor da morte após a execução no passado dia 05 de novembro de outras três pessoas.

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