Terras de Bouro vai criar taxa turística para investir em mais e melhor turismo
"Não é taxar por taxar, é taxar para melhorar a imagem e a oferta turísticas do concelho e, assim, atrair mais visitantes para Terras de Bouro. Quem cá vier, terá de notar, ano após ano, os efeitos da taxa", referiu o autarca daquele município do distrito de Braga.
Em 2018, e de acordo com o Plano de Atividades do município, vai avançar a regulamentação da taxa turística, para decidir, nomeadamente, qual o valor a cobrar e sobre o que incidirá.
Será constituído um grupo de trabalho para estudar o assunto e elaborar a regulamentação, após o que, previsivelmente em 2019, a taxa comerá a ser implementada.
"Temos de ter receita para reparar infraestruturas turísticas e criar outras, para potenciar um setor que é a galinha dos ovos de ouro de Terras de Bouro", sublinhou Manuel Tibo.
Aludiu, concretamente, às muitas praias e zonas de lazer existentes ao longo do Rio Homem que não dispõem de acessos condignos ou casas de banho, bem como às cascatas cujas condições de segurança "têm de ser melhoradas".
Além disso, a verba da taxa será também aplicada em ações de promoção, quer no país quer no estrangeiro, de Terras de Bouro como destino turístico.
"Num concelho situado em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, o turismo tem de estar sempre na linha da frente das nossas prioridades, até porque é o setor que mais emprego cria", disse ainda o autarca.
Admitiu que ainda não sabe de quanto será a taxa nem se ela incidirá apenas sobre as dormidas, não havendo, por isso, ideia de quanto poderá o município arrecadar anualmente.
"Mas tudo ajuda", referiu, sublinhando que já falou "informalmente" com alguns principais operadores turísticos do concelho sobre a taxa, tendo os pareceres sido favoráveis.
"É importante repetir que não se trata de taxar só por taxar, mas sim de angariar verbas que vão beneficiar os próprios turistas, já que serão investidas integralmente no setor", rematou.