Semanário Plataforma lança em Macau três novas marcas em dia de aniversário

Macau, China, 27 jun 2019 (Lusa) -- O semanário Plataforma de Macau vai lançar três novos projetos, quando cumpre cinco anos, que assinala esta sexta-feira e sábado com uma conferência, disse hoje à Lusa o administrador.
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As três novas marcas - Plataforma Grande Baía, Plataforma Azul e Plataforma de Sabores - são lançadas numa altura em que o projeto pretende multiplicar parcerias e estar presente em cada vez mais territórios, explicou Paulo Rego.

"Esta conferência assinala o crescimento para a produção de eventos, conjugando-se com o crescimento da diversificação da marca", que tem reforçado a produção digital e multimédia, disse.

Em 2018, o Plataforma, um semanário bilingue (português--chinês), lançou o jornal 'online' Plataforma Media, inserido no grupo português Global Media, com formato trilingue (português-chinês-inglês) e 15 parceiros internacionais, chineses e lusófonos.

Sobre a Plataforma Grande Baía -- que entretanto já tem um suplemento quinzenal - Paulo Rego adiantou que o objetivo é fazer 'roadshows' e conferências em Macau, no espaço lusófono e na região da Grande Baía, que Pequim quer transformar numa metrópole mundial.

"Não é possível hoje pensar em Macau do ponto de vista da comunicação, do ponto de vista do desenvolvimento de modelos económicos e do ponto de vista do 'network', sem olhar para a Grande Baía", o "centro do desenvolvimento de Macau neste momento", sustentou.

A conferência vai juntar "pensadores políticos, económicos e académicos de Portugal e da China", que irão debruçar-se sobre a importância da Grande Baía para Macau e vice-versa.

"Até que ponto a Grande Baía não é o palco do projeto lusófono? Quando se pretende ligar os países de língua portuguesa à China, em abstrato, até que ponto isso é possível para Macau?" são algumas das questões abordadas nos dois painéis reservados ao tema.

Por outro lado, a Plataforma Azul traduz a "extensão do projeto para a sua responsabilidade social", debatendo a sustentabilidade, as novas oportunidades de negócio e a "questão de a lusofonia ser também ela uma rota marítima".

"Quando falamos de economia azul, falamos de uma obrigação geracional e da ambição de envolver Macau nesta questão, e a própria Grande Baía, uma região rodeada de água onde os recursos hídricos são muito relevantes e, historicamente, de onde a China parte para o mundo", elencou.

E porque, no seu entender, a promoção de relações económicas, comerciais e políticas "tem de ter substrato cultural", a Plataforma de Sabores nasce para "abordar o eixo das trocas culturais a partir da gastronomia", indicou.

"Macau tem uma culinária muito particular, a gastronomia macaense é Património Imaterial da Humanidade, a portuguesa é famosa no mundo inteiro, a brasileira, angolana, a moçambicana...", sustentou o responsável.

Para o futuro, Rego assegurou que o grande investimento será feito no Plataforma Media, "porque o 'online' é a melhor forma de navegar para o mundo inteiro".

E avançou ainda: "Diria que o projeto está mais ou menos condenado, no seu modelo, a ter presença física e editorial em todos os países da lusofonia e na maior parte das cidades da Grande Baía".

Em 2017, o empresário de Macau Kevin Ho, através da KNJ Investment, adquiriu 30% da Global Media, dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF e Dinheiro Vivo, entre outros, num investimento de 15 milhões de euros.

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