Ramos-Horta vai protestar por retrato de Timor-Leste em série norte-americana

No arranque da nova temporada da série "Madam Secretary", Timor-Leste é um país controlado por um cartel de droga
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O ministro timorense José Ramos-Horta vai apresentar um protesto formal pelo retrato feito de Timor-Leste como um país controlado por um cartel de droga mexicano, no arranque da nova temporada da série de ficção norte-americana Madam Secretary.

Timor-Leste domina o enredo do episódio de arranque da quarta temporada da série de ficção política da CBS misturando factos reais - como a atual disputa sobre fronteiras marítimas com a Austrália - com erros (colocam essa disputa no Mar do Sul da China) e com um retrato "abusivo" do país.

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"Isto só revela a cambada de ignorantes que prevalecem nos Estados Unidos quando Timor-Leste está bem longe da China, não tem sequer fronteira de qualquer espécie com a China", disse à Lusa o ministro de Estado, José Ramos-Horta.

"Vou ver com amigos dos Estados Unidos e gente de Hollywood para protestar contra isto. É uma difamação contra um país, que só mostra ignorância e racismo", afirmou.

O episódio arranca com a chegada da personagem principal, Elisabeth MCourt (interpretada pela atriz Tea Leoni) às Nações Unidas, onde é interpelada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Rogerio Bento (interpretado por Raúl Aranas) com quem a delegação norte-americana promete um contacto posterior.

Um assessor explica que a interpelação "deve ter a ver com a disputa de fronteiras marítimas entre Timor-Leste e a Austrália no Mar do Sul da China".

No episódio, Timor-Leste é caracterizado como um país controlado por um cartel mexicano de droga que usa o território como um centro de distribuição. Os EUA acabam por recorrer à China para agir, ajudando a deter o líder do cartel de droga para evitar que "Timor-Leste se torne um narco Estado".

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