A intervenção do ISQ, que presta serviços de formação e consultoria técnica, será feita durante os próximos quatro anos, ao abrigo de um contrato europeu no valor de três milhões de euros..Em comunicado, o ISQ adianta que tem assumido, nos últimos dez anos, uma "colaboração direta" no projeto, com contratos que ultrapassaram os 13 milhões de euros nos domínios de ensaios, inspeção e desenvolvimento de tecnologia de controlo não destrutivo. .O reator, que está a ser construído no sul de França, deverá começar a funcionar numa primeira etapa em 2025 e será o primeiro na história a produzir uma potência de energia de 500 megawatts, segundo o Instituto Superior Técnico (IST), que participa também no projeto. .O IST faz parte do consórcio europeu liderado pela Airbus Safran Launchers que ganhou em 2016 um contrato de 100 milhões de euros na área da robótica aplicada à energia de fusão nuclear..Cabe a este consórcio construir 15 veículos guiados automaticamente, do tamanho de autocarros, que farão o transporte dos componentes do reator para o edifício de armazenamento e manutenção e vice-versa, dado que o manuseamento das peças do equipamento não pode ser feito por pessoas face à sua perigosidade. .A tarefa do IST consiste em desenvolver as tecnologias de navegação para robótica móvel, isto é, assegurar a movimentação e a localização, com precisão, das viaturas controladas remotamente..Gerido por um consórcio internacional (União Europeia, Estados Unidos, Japão, Rússia, Coreia do Sul, China e Índia), o reator visa "demonstrar a viabilidade científica e tecnológica da energia de fusão para desenvolver uma fonte de energia segura, inesgotável e ambientalmente responsável", de acordo com a Comissão Europeia..A infraestrutura será a primeira do género a manter energia de fusão por longos períodos de tempo e a testar as tecnologias, os materiais e os protocolos necessários para a produção comercial de eletricidade a partir de reações de fusão nuclear (as mesmas que ocorrem no interior das estrelas).