No final de uma visita ao Centro de Vida Independente de Lisboa, Catarina Martins recordou que a prestação social para a inclusão começou este ano, mas não da melhor forma devido aos "problemas no início".."É muito importante que o Orçamento do Estado para 2019 tenha a verba necessária para o reforço da prestação social de inclusão em moldes que promovam a autonomia e que combatam a pobreza das pessoas com deficiência e das suas famílias. É um dos maiores problemas em Portugal. Em Portugal ter deficiência é condição de pobreza e é preciso combater essa realidade", considerou..Questionada sobre os valores, a líder do BE referiu que "neste momento está previsto que em 2019 exista uma dotação orçamental de 153 milhões de euros para a prestação social de inclusão".."Não está ainda desenhada a condição de recursos, as condições em que as pessoas com deficiência terão acesso a esta prestação. Para o Bloco é muito importante que seja bem desenhada a medida", explicou..Esta deve ser "uma medida para combater a pobreza, para dar autonomia e não uma medida que mantenha as famílias e as pessoas com deficiência na situação de pobreza que é, infelizmente, a regra no país ainda", concretizou Catarina Martins.."Para o BE, o que é certo é que nós começamos com este patamar de 153 milhões de euros já garantidos para a prestação social de inclusão, mas é necessário, no trabalho de especialidade, compreender exatamente qual é o montante necessário para retirar da situação de pobreza as famílias com deficiência", adiantou..A coordenadora do BE detalhou que "neste momento a sua primeira fase já está a ser implementada" e vai iniciar-se uma segunda fase desta prestação a partir de outubro, "em que as pessoas se vão poder inscrever para verem o reforço desse apoio quando não há condições financeiras que permitam a autonomia e a dignidade".."É muito importante que as pessoas com deficiência, com incapacidade em Portugal, saibam que têm direito a apoio, que têm direito à prestação social de inclusão e que ela vai ser reforçada no próximo ano, que se candidatem a partir do dia 17 outubro", apelou..Concretamente sobre o centro que visitou, Catarina Martins referiu que se trata da "ideia da vida independente, ou seja, as pessoas com deficiência terem assistentes pessoais para poderem ter autonomia na sua vida".."Este é um projeto que começou há três anos, é um projeto que ano a ano é preciso garantir o seu financiamento, para que mais pessoas em Portugal possam ter direito a assistentes pessoais, que as pessoas com deficiência que hoje têm continuem a ter esse apoio que é particularmente importante por duas razões, pela autonomia das pessoas com deficiência e pela autonomia da sua família", concretizou..Considerando que se trata de um "projeto que tem dado passos muito importantes e que tem provado que faz uma diferença extraordinária na vida das pessoas", a bloquista deixou claro que é "preciso manter, apoiar e garantir orçamento".."E nós estamos muito empenhados em garantir orçamento para a vida independente em Portugal, para generalizar estes projetos", assegurou.