"O reino (saudita) vai trabalhar com os principais produtores de petróleo no quadro da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e fora da organização, assim como com os principais consumidores para limitar o impacto em relação à provável escassez da oferta", refere um comunicado do Ministério da Energia do governo de Riade. .A posição saudita foi comunicada poucas horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado que Washington abandona o acordo internacional sobre a energia nuclear com o Irão..Trump acrescentou na terça-feira que os Estados Unidos admitem restabelecer as sanções contra Teerão o que pode eventualmente reduzir a capacidade de exportação de crude iraniano, a principal fonte de receitas do país..Atualmente, as exportações de crude do Irão atingem os 2,5 milhões de barris por dia, destinados, sobretudo, à Europa e ao continente asiático..A Arábia Saudita produz dez milhões de barris de petróleo por dia, mas tem capacidade para aumentar a produção até aos 12 milhões de barris de petróleo diários. ."O reino da Arábia Saudita compromete-se a manter a estabilidade dos mercados petrolíferos mundiais no sentido de respeitar os interesses dos produtores e dos consumidores, e para manter a continuidade na confiança da economia a nível mundial", refere o Ministério da Energia no mesmo comunicado. .O acordo entre os produtores da OPEP e os países produtores que não são membros do organismo prevê uma redução de 1,8 milhões de barris por dia para que os preços sejam mantidos de forma estável. .O preço do petróleo alcançou ganhos significativos após o anúncio de Trump registando uma subida de 2,4 por cento (Brent).