Moçambique pode limitar pobreza a 21,8% da população até 2030 - Banco Mundial

Moçambique não vai conseguir acabar com a pobreza extrema até 2030, objetivo estabelecido pelas Nações Unidas, podendo reduzi-la a 21,8% da população no melhor dos cenários traçados pelo Banco Mundial.
Publicado a
Atualizado a

"Moçambique está no caminho para acabar com a pobreza extrema até 2030? É improvável, mas poderá descer muito se o crescimento for alto, estável e mais partilhado", refere o estudo Avaliação da Pobreza em Moçambique, que vai ser hoje apresentado em Maputo.

As projeções otimistas do Banco Mundial, no caso de haver um alto crescimento económico que beneficie sobretudo os mais pobres, preveem que 21,8% continuará na pobreza, "um feito notável", escreve-se, comprado com 48,4% (números mais recentes, datados de 2015).

"No entanto, se o crescimento continuar forte, mas beneficiando sobretudo os mais ricos, como nos últimos anos, as projeções indicam que a pobreza cairá no máximo para 32% até 2030" ou 36% de a economia crescer de forma mais modesta.

Ainda segundo o estudo, apesar de haver uma redução percentual da pobreza em Moçambique, o número absoluto de pobres aumentou devido ao rápido crescimento populacional, de 11 milhões em 2003 para 12,3 milhões em 2015.

"Se o crescimento económico fosse partilhado com igualdade, Moçambique podia duplicar o ritmo de redução de pobreza", ou seja, para 37,2% da população em vez de 48,4%.

"Um em cada dois moçambicanos está encurralado numa situação de pobreza crónica e quase um quarto da população é altamente vulnerável ao risco de cair em pobreza.

O Banco Mundial recomenda políticas que conduzam a um "crescimento robusto e inclusivo" para maximizar a redução da pobreza.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt