Numa cerimónia na Escola de Fuzileiros, Vale do Zebro, Barreiro, o almirante Silva Ribeiro congratulou-se com "o significativo apoio político que o governo está a dar ao emprego dos fuzileiros em missões reais", adiantando que "será intensificado em 2018". ."De facto são estas missões que justificam o esforço todo que se faz durante o ano de treino e de preparação para este tipo de desempenhos e os fuzileiros já há alguns anos que não tinham missões internacionais desta dimensão e desta envergadura no exterior", disse, em declarações à Lusa. .Nos últimos anos, reforçou, os fuzileiros "têm estado muito confinados a missões em navios no golfo da Guiné" e a missão na Lituânia "abre perspetivas" para o emprego das diferentes capacidades nos teatros de operações atuais. .Silva Ribeiro falava à Agência Lusa no final da cerimónia de imposição da boina da especialidade a 52 novos militares que terminaram a formação de nove meses..O CEMA disse ainda que em 2018 serão "reforçadas as capacidades de comando e controlo" do corpo de fuzileiros e a sua "mobilidade tática", implicando novos investimentos, incluindo a compra de equipamento de comunicações. .Na cerimónia, o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, disse que o Governo "leva a sério" a "unidade e indivisibilidade" da Europa, considerando "absolutamente imperioso defender a ordem internacional que resultou do fim da guerra fria"..A anterior força nacional destacada nesta missão, que visa a "dissuasão e segurança" nas fronteiras europeias com a Rússia, regressou no final de setembro e era constituída por 119 elementos da companhia de Atiradores Mecanizada, do Exército..Para além desta participação, está previsto para 2018 o empenhamento da força de fuzileiros em "missões no Golfo da Guiné, na operação Mar Aberto, em navios nacionais com um destacamento de 50 fuzileiros e em navios das Marinhas francesa e espanhola, na ordem dos 120 a 140" militares..Elogiando a "agilidade" e a "competência e profissionalismo" desta força especial da Marinha, Marcos Perestrello sustentou existir um "apoio popular" e mesmo "um clamor popular" pelo "emprego das forças militares em missões de natureza não militar". .O emprego dos fuzileiros em missões não militares de apoio à população nas zonas balneares e no apoio durante os incêndios do verão passado, sobretudo em Pedrógão Grande, foram os exemplos dados pelo secretário de Estado..O uso de forças militares em missões de natureza civil tem sido duramente criticado pelo PCP..Perante os familiares dos 52 novos fuzileiros, a cerimónia terminou com um desfile dos militares e um simulacro de busca e salvamento no qual foi utilizado um helicóptero Lynx.