"Em cerca de um quarto dos sistemas de ensino superior estudados (12), os estudantes internacionais estão sujeitos à mesma política de taxas que os nacionais", o que significa que pagam as mesmas taxas que os alunos do país ou, se não houver taxas, beneficiam da política de não pagamento, lê-se no relatório da rede dedicada à análise de sistemas educativos europeus e que reúne 38 países que participam no programa Erasmus+. . Portugal está entre os países europeus onde todos ou a maioria dos estudantes paga propinas, a par da Irlanda, Espanha, Itália, Holanda, Suíça e Liechtenstein..Na maioria dos casos, a política de propinas para estudantes estrangeiros não está definida na lei, pelo que as universidades podem estabelecer os seus próprios valores..No relatório, que tem por base os anos letivos 2017-18 e 2018-19, sublinha-se que o ensino superior desempenha um papel vital na sociedade, estando a qualidade e acessibilidade "altamente dependentes do financiamento"..Foi analisada a política de taxas em 43 sistemas de ensino superior. Nove sistemas têm uma política de não pagamento no primeiro ciclo, (por vezes também no segundo). .Em dois sistemas adicionais, na Áustria (universidades e faculdades de formação de professores) e, desde 2017/18, em Montenegro, nenhuma taxa é cobrada aos alunos do primeiro ciclo (licenciatura) que progridem normalmente através dos estudos, exemplificam os peritos. .A Estónia usa uma abordagem semelhante, a única diferença é que as taxas também podem ser cobradas aos que estudam em línguas diferentes do estónio. .Em mais sete sistemas, República Checa, Alemanha, Croácia, Letónia, Polónia, Eslovénia e Eslováquia, os estudantes que progridem normalmente pagam habitualmente pequenos encargos administrativos até 100 euros..Em 12 sistemas, a maioria dos alunos que suporta estas despesas, paga entre 101 e 1.000 euros, enquanto em oito países a taxa mais comum é "relativamente elevada", variando entre 1.001 e 3.000 euros, por ano..Este grupo inclui países onde todos ou a maioria dos estudantes paga taxas, como Portugal, Irlanda, Espanha, Itália, Holanda, Suíça e Liechtenstein, segundo a mesma fonte. ."A Hungria é outro país neste grupo e aqui as propinas são cobradas a cerca de um terço dos alunos do 1º ciclo (principalmente àqueles que, com base no desempenho escolar não obtiveram lugar financiado pelo Estado). .Os valores anuais mais elevados -- correspondentes a cerca de 10.000 euros -- são cobrados aos alunos em Inglaterra. Na Irlanda do Norte pagam normalmente metade deste montante..Cerca de metade dos países europeus oferece apoio financeiro aos pais dos estudantes, seja diretamente ou através de benefícios fiscais, empréstimos ou abono de família..De acordo com o relatório, em 22 sistemas de ensino superior europeus há benefícios fiscais para os pais dos alunos..A dedução fiscal assume várias formas. Pode ser uma quantia anual por cada filho a estudar (exemplos da República Checa, Alemanha, Letónia, Áustria, Polónia, Eslováquia, Suíça e Liechtenstein), um rendimento isento de impostos até certo montante (Bélgica), ou uma percentagem das despesas de estudo deduzidas no imposto sobre o rendimento dos pais (30% em Portugal, 19% em Itália e 15% na Lituânia), segundo os dados citados no relatório.