"Temos de desmistificar a ideia de que o livro é um objeto luxuoso reservado para as elites", referiu o autarca, apontando-o como "uma preciosa ferramenta" na luta contra a ignorância, ao justificar a realização de uma nova edição da feira..O certame vai servir para homenagear o escritor e jornalista Marcelo Panguana, um dos membros da Charrua, uma das revistas literárias moçambicanas dos anos oitenta com maior notoriedade..Marcelo Panguana, com trinta anos de carreira, é autor de uma dezena de obras publicados pela Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) e a Alcance Editores entre outras editoras.."Como um louco ao fim da tarde", "O chão das coisas" e "Leona, a filha do silêncio" contam-se entre a obra do escritor, que permanece inédita em Portugal..Sílvia Alves, escritora portuguesa de literatura infantojuvenil, está em Moçambique a convite do Camões - Centro Cultural Português em Maputo e da Escola Portuguesa de Moçambique, e participou na abertura da feira.."Temos de ser pessoas mais informadas e críticas para lidar com o mundo", referiu a escritora, autora de obras como "Fábrica do tempo" e "Coisas de mãe", para a infância..No mesmo evento, foi anunciada uma doação de quinhentos livros pela Academia Brasileira de Letras, metade para a Biblioteca Nacional de Moçambique, e o restante para o acervo do Centro Cultural Brasil-Moçambique..O Brasil está ainda representado no certame pela escritora Eliane Debus, igualmente docente e investigadora. .Debus é autora da monografia "Monteiro Lobato e o leitor, esse conhecido", dedicada ao escritor brasileiro que criou "O Pica-Pau Amarelo", e da investigação sobre "A temática da cultura africana e afro-brasileira na literatura para crianças e jovens", entre outras obras..O IV Feira do Livro de Maputo decorre no Jardim Tunduro, uma das principais zonas verdes da capital de Moçambique, até sábado.