Cascais oferece equipamentos de rádio para ilha guineense de Bolama
Os equipamentos custaram 36 mil euros à Câmara de Cascais, que é geminada com a ilha de Bolama, a qual já tinha beneficiado, em 2013, de uma biblioteca com mais de 50 mil livros, e que é a maior do país.
Ismael Medina, responsável jurídico e das relações internacionais da associação para o desenvolvimento de Bolama, a Pro-Bolama, indicou à Lusa que "até ao mês de junho" a Rádio Esperança de Bolama estará em funcionamento.
Os equipamentos fornecidos pela Câmara de Cascais já se encontram na ilha, que foi a capital da Guiné, então sob a dominação portuguesa, de 1879 a 1941, enquanto a AMI (Assistência Medica Internacional) financiou a casa onde irá funcionar a estação, assinalou Ismael Medina.
O responsável adiantou que a rádio irá servir "para suprir as lacunas" que a ilha enfrenta em termos de comunicação, uma vez, que notou, a cobertura da rede dos telemóveis é fraca e os meios de acesso deficitários.
A Rádio Esperança de Bolama "vai intervir particularmente" na sensibilização da população de Bolama nos domínios da saúde e ensino, frisou Ismael Medina, enaltecendo o facto de a ilha ser considerada "a cidade do saber, um centro estudantil" da Guiné-Bissau.
"Queremos uma rádio que fale de nós, dos nossos problemas, que ajude a mudar a mentalidade", das pessoas, defendeu o responsável da Pro-Bolama, lembrando que a ilha é a cidade com mais monumentos antigos na Guiné-Bissau, mas todos em ruínas, disse.