Se for reeleita, a autarca socialista pretende centrar as atenções de um terceiro mandato na criação de sinergias entre investidores já instalados no concelho "de forma a potenciar mais investimento e a criar emprego"..Um trabalho, que segundo disse à Lusa, começou já a ser feito e com resultados como o obtido com a amêndoa de Alfândega da Fé que vai ser exportada para o Brasil, no âmbito de uma parceria entre dois investidores das áreas do Turismo e da Agroindústria..Berta Nunes explicou que um dos investidores "é o que comprou o Hotel SPA e que tem um projeto de internacionalização do território, utilizando a marca "Rota do Azeite de Trás-os-Montes", além de ser também presidente da associação de produtores Peter, que está a exportar principalmente o Brasil, mas também para outros países de língua portuguesa, como Angola..Neste concelho do distrito de Bragança está instalada uma empresa espanhola, a Almendras Morales, da área dos frutos secos que queria exportar para o Brasil. Juntaram-se os dois e vão começar a exportar, o que "vai dar lugar a um investimento dessa empresa espanhol para transformar a amêndoa em maior quantidade e embalamento". As amêndoas são exportadas com a marca "Terras de Alfândega", como indicou. .A ideia é replicar este exemplo, "tentar criar sinergias entre os investidores, de forma a potenciar mais investimento e a criar emprego"..O emprego é "a principal prioridade dos concelhos do interior", segundo a autarca, para quem de outra forma não é possível reverter o despovoamento".."E já que os governos não têm, até ao momento, conseguido ter políticas que sejam eficazes, mesmo com bastante investimento público, principalmente em acessibilidades, a nossa convicção e experiência é que tem que haver aqui muitas medidas e uma liderança local para, em conjunto com medidas de política nacional, conseguirmos realmente reverter este ciclo de despovoamento", preconizou..Berta Nunes foi a primeira mulher a assumir, há oito anos, a presidência de uma câmara no distrito de Bragança e mostrou-se "confiante" no resultado das autárquicas de 01 de outubro.. A autarca recordou as dificuldades que marcaram sobretudo o primeiro mandato naquela que era uma das câmaras mais endividadas do país.."Estamos a reduzir a dívida de uma forma sustentada, pagamos a tempo e horas, temos um prazo médio de pagamento de dois, três dias, e esse objetivo está cumprido, embora ainda tenhamos que trabalhar até conseguirmos sair do excesso de endividamento", concretizou..No segundo mandato, apontou a resolução dos problemas das empresas municipais e o início de investimento com fundos do quadro comunitário de apoio, nomeadamente ao nível da reabilitação urbana.