"Prevemos o alargamento da atividade através da quarta gama", associada a produtos frescos, já processados e prontos a confecionar, e "não apenas o topo de consumo em natureza, ou seja, a venda direta do fruto como recolhido das estufas", declarou Álvaro Dâmaso. .O ananás dos Açores foi introduzido na ilha de São Miguel no século XIX, sendo cultivado, de forma biológica, em estufas de vidro, o que o diferencia dos restantes, produzidos ao ar livre..No seu auge, foi exportado para Inglaterra, sendo originário da América do Sul e Central. Na última década desapareceram inúmeras estufas devido à pressão da construção civil..O dirigente da cooperativa, que há cerca de dois anos apostou numa nova unidade, especificou que o ananás será embalado e vendido nas superfícies comerciais já filetado, seco, para aperitivo, adaptando-se assim às novas realidades do consumo..Durante o corrente ano já foram realizadas experiências, especialmente dirigidas às superfícies comerciais, com base nesta nova aposta comercial..Álvaro Dâmaso referiu que o ananás dos Açores, produzido de forma biológica, apenas na ilha de São Miguel, é um produto sazonal que vende 40 a 50% da sua produção em dezembro, o que "torna bastante difícil a gestão da empresa em termos de tesouraria".."Além disso, o ananás tem um período de gestação muito longo, de dois anos, e um período de comercialização muito curto porque é extremamente perecível [20 dias]", referiu o responsável..O presidente da Profrutos considerou que a procura do ananás tem vindo a aumentar internamente por via do turismo, sobretudo no verão, representando o mercado continental cerca de 50%..O volume de ananás dos Açores ronda as mil toneladas, assegurando a Profrutos, com cerca de 200 produtores associados, cerca de 40% deste total. .Em 2015, o volume de negócios da cooperativa foi de 1,2 milhões de euros, crescendo para 1,4 milhões em 2016, estimando-se que no final de 2017 se registe "sensivelmente o mesmo valor"..A Profutos vai realizar ainda este ano uma assembleia geral ordinária que visa encontrar soluções para ultrapassar os seus problemas de tesouraria, pretendendo-se através de um plano o seu "reequilíbrio financeiro", a par do alargamento da sua atividade comercial.