"Tal como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Associação dos Agricultores saúda esta iniciativa do Governo há muito reclamada, mas considera-a muito tímida porque não responde às principais necessidades da agricultura familiar", refere a ADACB, em comunicado enviado à agência Lusa..A associação sublinha que o investimento na agricultura familiar é fundamental para o crescimento económico e a ocupação ordenada do território nacional e adianta que sem agricultura não há mundo rural vivo.."Defendemos que a agricultura familiar deve ser privilegiada no acesso a financiamentos para a implementação de projetos no turismo rural, afim de complementar o rendimento das explorações familiares", lê-se na nota..A ADACB entende que os jovens devem beneficiar de apoios específicos, nomeadamente o acesso a fundos comunitários, e o direito a formação profissional adequada, quando assumem a exploração tanto por herança como por arrendamento.."Não faz sentido excluir as famílias que não têm domicílio fiscal nos concelhos limítrofes à exploração, porque muitos agricultores foram obrigados a deixar o mundo rural e procurar subsistência longe da sua terra, tendo o mérito de manterem sempre a exploração ativa, constituindo uma importante ligação às nossas aldeias e ao mundo rural", conclui..Apesar dos considerandos, a ADACB realça que apoia e subscreve plenamente a posição da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) sobre o estatuto da agricultura familiar que está em discussão pública e que o Governo pretende aplicar ainda no primeiro trimestre deste ano.