Iniciativa Liberal aprova programa político que defende redução de funcionários públicos
"Pela primeira vez há um programa político assumidamente liberal em Portugal. Há uma ideia agregadora ao longo do programa: menos estado e mais liberdade", disse à Lusa o presidente da Iniciativa Liberal, Miguel Ferreira da Silva, após o encerramento da primeira Convenção do partido, que decorreu hoje em Lisboa.
No programa político, defendem a diminuição do peso do Estado com uma correspondente redução do número funcionários públicos, que não quantificam, remetendo essa estimativa para o programa eleitoral.
Miguel Ferreira da Silva apontou também a proposta de um "seguro de saúde público que, a seu tempo, seja cada vez mais público", ilustrando que a ideia é generalizar-se a ADSE em vez do Serviço Nacional de Saúde".
Também na edução, a ideia cimeira é a liberdade de escolha: "Passa pela cabeça de alguém que tenhamos de escolher a escola por causa da morada que temos?".
Após o "processo colaborativo" em que decorreu a elaboração do programa político, e que será replicado no programa eleitoral, recebendo contributos por correio eletrónico (quer espontâneos, quer enquadrados na plataforma da Iniciativa Liberal) e em sessões presenciais, o partido quer passar ao combate político propriamente dito.
"Chegou a altura de resistir a esta frente reacionária de esquerda, que bocadinho a bocadinho, nos vai tirando mais m bocadinho de liberdade. Esta é missão de curto prazo, opor-nos a esta invasão do Estado nas nossas vidas, nas nossas casas, na nossa felicidade", defendeu Miguel Ferreira da Silva.
No programa da Iniciativa Liberal lê-se que "a diminuição do aparelho de Estado não implica o enfraquecimento das funções de soberania, antes promove a disponibilização dos recursos necessários à sua eficácia".
"Justiça, Segurança, Defesa e Negócios Estrangeiros, com a correspondente função das Finanças, são o núcleo da ação governativa de soberania. Descuradas em favor da propaganda eleitoralista das prestações sociais, estes pilares da organização da sociedade em Estado são hoje sentidos pelo cidadão como falhas do Estado", proclamam.
Para a Iniciativa Liberal é preciso "um Estado mais pequeno, mas mais forte, soberano, mas aberto".