Governo da Guiné-Bissau está a trabalhar para fazer regressar ao país guineenses retidos na Líbia
"São centenas (que estão na Líbia), mas o controlo do fluxo é difícil. Todos os que forem identificados e localizados vamos fazer questão de os trazer de volta", afirmou o secretário de Estado.
Segundo o governante, há relatos que chegam que "são preocupantes" e o Governo deu poderes ao embaixador guineense na Argélia para ser "interlocutor junto das autoridades líbias para ver se consegue resolver o assunto com a maior brevidade possível".
"A Organização Internacional das Migrações pediu segurança para se deslocar à Líbia para ajudar os cidadãos guineenses, mas não temos condições para dar essa garantia. Assim, pedimos ao nosso embaixador na Argélia que está a fazer diligências junto das autoridades líbias no sentido de minimizar o sofrimento dos nossos conterrâneos", disse.
Dino Seidi falava à Lusa à margem de um encontro para debater o Pacto Global para a Migração.
O evento, financiado pela União Europeia, pretende recolher as perspetivas e recomendações de diversos atores para definir um quadro global de governação das migrações.
"Nós sendo um país de imigração e emigração temos enquanto Governo de criar políticas para que se faça uma imigração ordenada e segura. Ao longo dos anos, nunca se definiu uma estratégia clara sobre o que queremos, não só em relação à diáspora, como em relação aos que nos procuram", explicou o secretário de Estado.
Para Dino Seidi, as consultas hoje realizadas vão dar pistas e elementos para "fazermos recomendações sobre o que necessário fazer" para melhorar a situação dos migrantes.
"Nós (Guiné-Bissau), não somos elegíveis em termos de rota de migração clássica, mas como temos uma zona insular, que não está controlada há fenómenos que nos alertam para termos políticas consistentes e por isso realizamos esta consulta", disse.