Governo da Catalunha substitui três elementos em plena crise devido ao referendo

Três membros do executivo separatista da Catalunha abandonaram hoje o Governo, no âmbito de uma crise ligada à organização do referendo de autodeterminação previsto para 01 de outubro e que Madrid quer evitar a todo o custo.
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"Eles tomaram a decisão de se afastar", anunciou o presidente regional, Carles Puigdmont, sem dar explicações.

As tensões vão crescendo entre a região, de 7,5 milhões de habitantes dirigida pelos independentistas, e o governo conservador de Mariano Rajoy, a menos de 80 dias do referendo.

Mas são também internas, com a aproximação do escrutínio.

Carles Puigdemont anunciou hoje a saída da porta-voz do governo, Neus Muté, e de dois ministros regionais, Jordi Jané (Interior) e Meritxell Ruiz (Educação), na primeira linha da organização da consulta.

O anúncio surge depois de, no início do mês, Puiddemont ter anunciado a saída de outro membro do governo regional que manifestou dúvidas sobre a viabilidade do referendo interdito por Madrid.

"O Estado tem tanta força que é provável que não consigamos organizar o referendo", declarou aquele responsável, Jordi Baiget.

As ameaças do governo conservador de Mariano Rajoy estendem-se aos funcionários que aceitarem participar na organização do escrutínio e às empresas que fornecerem a logística.

Os três responsáveis serão substituídos durante o dia.

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