Mikko Kärnä, deputado pela Lapónia finlandesa, explicou hoje em comunicado que Puigdemont estará na Finlândia durante dois dias, visitando o parlamento (Eduskunta) na tarde de quinta-feira, a convite do Intergrupo de Amigos da Catalunha, formado por oito deputados finlandeses de vários partidos..Segundo Kärnä, Puigdemont também deverá dar uma conferência pública na sexta-feira na Universidade de Helsínquia, dedicada ao tema da situação política atual na Catalunha..O antigo presidente da Generalitat (governo regional da Catalunha) tem ainda agendadas várias reuniões de caráter privado, explicou o deputado..Kärnä disse que a visita do político catalão é a título privado e que "o Governo finlandês não tem nada a ver com ela".."A Catalunha é uma questão fundamental para o futuro da União Europeia", disse o deputado finlandês, que defende uma "Europa das regiões" frente ao "gigantesco bloco federalista" em que a União Europeia se está a transformar..Para Kärnä, Puigdemont vai tornar-se num "importante político europeu no futuro" e as acusações que lhe são feitas pela justiça espanhola - rebelião, sedição, peculato, prevaricação e desobediência - por ter declarado unilateralmente a independência da Catalunha são "totalmente ridículos" e "absurdos"..Puigdemont encontra-se fugido à justiça espanhola desde outubro de 2017, em Bruxelas. Desde então já viajou à Dinamarca e à Suíça..Hoje mesmo, Puigdemont, a ex-deputada da Candidatura de Unidade Popular (CUP, extrema-esquerda radical) Anna Gabriel e o eurodeputado da Esquerda Republicana Catalã (ERC) Jordi Solé participaram num evento sobre direitos humanos na Catalunha no edifício das Nações Unidas em Genebra..A conferência em causa tinha como título "Regressão dos Direitos Humanos em Espanha", e decorrer em paralelo com o Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), que cumpre a sua 37ª sessão ordinária..Puigdemont chegou a Genebra no sábado e no domingo participou no Festival de Cinema e Fórum Internacional de Direitos Humanos (FFIDH). Hoje deverá reunir-se com Anna Gabriel para debater a situação na Catalunha, bloqueada devido à incapacidade de os partidos indepenentistas - em maioria no hemiciclo regional - chegarem a um acordo quanto à nomeação de um candidato a Presidente regional (que depois será votado pelos deputados).