Câmara de Portimão obtém resultados financeiros positivos e dispensa última tranche do FAM

A Câmara de Portimão, no Algarve, obteve em 2017 os "melhores resultados económico-financeiros da sua história", o que lhe permite dispensar a última tranche de 19 milhões de euros do Fundo de Apoio Municipal (FAM), foi hoje anunciado.
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"As contas que iremos prestar em breve em sessão de Assembleia Municipal apresentam os melhores resultados de sempre, com um resultado líquido de mais de 20 milhões de euros", indicou a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes (PS), citada num comunicado da autarquia.

Segundo a autarca socialista, os resultados económico-financeiros permitem dispensar a utilização da última tranche do FAM, o programa de assistência financeira a que o município foi forçado a recorrer para pagar as dívidas acumuladas a fornecedores no valor de 137 milhões de euros.

"Isto significa que [...] já só fomos buscar 118ME", sublinhou Isilda Gomes, acrescentando que em 2017 foram pagos mais de 13 milhões de dívida com fundos próprios e que, em 31 de março, a autarquia não tinha pagamentos em atraso a fornecedores.

Segundo a Câmara, o resultado líquido positivo foi conseguido pelo segundo ano consecutivo, tendo em 2016 alcançado um registo na ordem dos 10 milhões de euros.

O FAM foi criado em 2014 com contribuições do Estado e dos municípios para apoiar as câmaras com dívidas elevadas. Hoje, ronda os 550 milhões de euros e as contribuições municipais deixam de ser exigidas em 2021.

Portimão e Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, Alandroal (Évora), Aveiro, Cartaxo (Santarém), Paços de Ferreira (Porto) e Vila Nova de Poiares (Coimbra) foram os municípios que recorreram ao FAM e que conseguiram reduzir, em 2017, a despesa por pagar.

No relatório "Execução orçamental da Administração Local 2017" divulgado no início de abril, o Conselho das Finanças Públicas indicou que "a despesa por pagar dos municípios apresentou em 2017 uma melhoria global face a 2016", com uma redução de 104 milhões de euros dos passivos não financeiros, uma redução de 73,5 milhões de euros das contas a pagar e uma redução de 50,6 milhões de euros dos pagamentos em atraso.

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