Em declarações à Lusa, Ivo Santos, dirigente da estrutura sindical e coordenador do secretariado das Autoestradas, revelou que este acordo pode abrir caminho para a integração de mais trabalhadores em outras concessionárias, como a Ascendi e a Autoestradas do Atlântico. .Nestas duas empresas, "estão identificados trabalhadores nas mesmas situações, mas não estão ações a decorrer ainda". .Com esta decisão, o CESP pretende que as empresas "corrijam situações semelhantes e não seja preciso ir a tribunal", no futuro. .Dos 16 trabalhadores agora integrados no grupo, nomeadamente na área da eletrónica, na Brisa Gestão e Infraestruturas, nem todos avançaram para tribunal, mas a decisão abrange a totalidade dos funcionários em causa. ."Os trabalhadores prestavam serviço na Brisa desde 2010/2011 e encontravam-se nesta situação de precariedade desde essa altura. Entretanto, avançaram para tribunal porque a empresa recusava a integração e entrando o processo em tribunal foi possível chegar a acordo", explicou Ivo Santos. .Assim, o grupo Brisa assumiu "que ia integrar todos os trabalhadores e reconheceu a antiguidade deles desde a altura em que começaram a prestar serviço", avançou o dirigente sindical. .Estes trabalhadores terão agora um "contrato sem termo, sem período experimental e salários de acordo com a tabela salarial prevista no acordo coletivo de trabalho da empresa. Estavam ligados à Reditus, tinham salários muito baixos e terão uma atualização bastante significativa", referiu Ivo Santos. .Contactada pela Lusa, fonte da Brisa disse que "este é um acordo equilibrado para ambas as partes".