A extensão do Metro do Porto ainda não vai ser uma realidade pronta a usufruir em 2022, mas vai continuar a marcar fortemente o dia-a-dia de milhares de portuenses. As obras da nova linha rosa e da extensão da linha amarela vão prolongar por todo o próximo ano (e mais além) o estaleiro em que já está transformada uma parte central da cidade do Porto, mas há "estreias" previstas para os próximos 365 dias e importantes equipamentos prontos a mostrar cara nova, com destaque para o renovado Mercado do Bolhão ou o tão aguardado Terminal Intermodal de Campanhã..Comecemos por este último, que promete ser um agente de mudança quanto à mobilidade na Área Metropolitana. O Terminal Intermodal de Campanhã, ou simplesmente TIC, é uma obra prometida à cidade há quase duas décadas (ainda nos tempos de Rui Rio na autarquia) e tornou-se um dos pontos de honra dos executivos de Rui Moreira. Mas só em 2019, depois de longo impasse e da luz verde do Tribunal de Contas, começou a ganhar forma..Orçada em mais de 12 milhões de euros, a obra é considerada fundamental para o desenvolvimento da zona oriental do Porto e para a mobilidade de toda a região, completando a intermodalidade da Estação de Campanhã, que já possui a vertente ferroviária e de Metro, e integrará agora também o terminal destinado a autocarros..A infraestrutura, que vai então abranger os autocarros dos STCP e dos operadores privados, comboios urbanos e de longo curso, metro e táxis, vai também servir de âncora à "reorganização territorial, viária e urbana do Vale de Campanhã", na zona oriental da cidade, a mais desfavorecida, sublinha a autarquia - a transformação dessa área ainda contemplará a requalificação do matadouro e uma nova ponte sobre o Douro (D. Francisco dos Santos), mas esses são projetos que se estenderão bem para lá de 2022..Assim, vão finalmente ser retirados do centro da cidade mil autocarros por dia, suprindo uma necessidade com décadas e dando um passo crucial rumo a um Porto mais verde e sustentável. Estima-se que sejam retiradas do centro do Porto mais de 5,2 toneladas de CO2, tornando a obra estrutural também no ponto de vista da sustentabilidade ambiental, pois inclui ainda uma cobertura verde de 4,6 hectares..Quatro anos depois de ter fechado portas para uma profunda remodelação - e com dois anos de atraso face à data então prevista para reabrir - o rejuvenescido Mercado do Bolhão também vai apresentar a nova cara ao longo deste ano. Um dos ex-líbris da cidade, com 117 anos de história, o Bolhão foi submetido a uma requalificação que se tornou "quase obra de relojoaria", minuciosa e prolongada por uma forçada alteração do método construtivo a meio dos trabalhos..Construção de um túnel de acesso, restauração de fachadas, remodelação integral da cobertura e uma nova cave logística estão entre as novidades de um Bolhão modernizado, promete a autarquia. As novas chaves já começaram a ser entregues a alguns lojistas e os "velhos" pregões devem voltar a fazer-se ouvir a partir do segundo trimestre..Expectavelmente mais cedo, reabrirá outro edifício icónico da cidade: o Cinema Batalha. Símbolo cultural do Porto com sobrevivência agónica nas últimas décadas, espera ganhar novo fôlego com a aposta da autarquia, que o arrendou por um período de 25 anos para ali implementar agora uma nova estratégia: Batalha Centro de Cinema, com inauguração prevista para fevereiro..Também a requalificação e a expansão de espaços verdes será uma realidade em parques como o da Asprela ou de São Roque, para contrabalançar os incómodos provocados pelas obras em várias artérias da cidade, da Praça da Liberdade à Avenida de França, com extensão até à vizinha Vila Nova de Gaia, que partilha com o Porto a ampliação da rede de metro. Na ligação entre as duas margens, prevê-se também para o final de 2022 a reabertura do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís..Em Gaia, o ano deverá marcar também a aguardada conclusão da requalificação dos 17 km de orla ribeirinha, que permitirá estender o passadiço da margem esquerda do Douro até Crestuma-Lever. Mais a norte, a Maia dever ver finalizada a nova via periférica, Matosinhos terá concluída a ligação de Leça da Palmeira à A28, Gondomar espera usufruir do novo Parque Urbano da Ribeira de Archeira e a Trofa (elevada a concelho em 1998) quer finalmente deixar de ser o único município do país sem um edifício próprio para os seus Paços do Concelho..rui.frias@dn.pt
A extensão do Metro do Porto ainda não vai ser uma realidade pronta a usufruir em 2022, mas vai continuar a marcar fortemente o dia-a-dia de milhares de portuenses. As obras da nova linha rosa e da extensão da linha amarela vão prolongar por todo o próximo ano (e mais além) o estaleiro em que já está transformada uma parte central da cidade do Porto, mas há "estreias" previstas para os próximos 365 dias e importantes equipamentos prontos a mostrar cara nova, com destaque para o renovado Mercado do Bolhão ou o tão aguardado Terminal Intermodal de Campanhã..Comecemos por este último, que promete ser um agente de mudança quanto à mobilidade na Área Metropolitana. O Terminal Intermodal de Campanhã, ou simplesmente TIC, é uma obra prometida à cidade há quase duas décadas (ainda nos tempos de Rui Rio na autarquia) e tornou-se um dos pontos de honra dos executivos de Rui Moreira. Mas só em 2019, depois de longo impasse e da luz verde do Tribunal de Contas, começou a ganhar forma..Orçada em mais de 12 milhões de euros, a obra é considerada fundamental para o desenvolvimento da zona oriental do Porto e para a mobilidade de toda a região, completando a intermodalidade da Estação de Campanhã, que já possui a vertente ferroviária e de Metro, e integrará agora também o terminal destinado a autocarros..A infraestrutura, que vai então abranger os autocarros dos STCP e dos operadores privados, comboios urbanos e de longo curso, metro e táxis, vai também servir de âncora à "reorganização territorial, viária e urbana do Vale de Campanhã", na zona oriental da cidade, a mais desfavorecida, sublinha a autarquia - a transformação dessa área ainda contemplará a requalificação do matadouro e uma nova ponte sobre o Douro (D. Francisco dos Santos), mas esses são projetos que se estenderão bem para lá de 2022..Assim, vão finalmente ser retirados do centro da cidade mil autocarros por dia, suprindo uma necessidade com décadas e dando um passo crucial rumo a um Porto mais verde e sustentável. Estima-se que sejam retiradas do centro do Porto mais de 5,2 toneladas de CO2, tornando a obra estrutural também no ponto de vista da sustentabilidade ambiental, pois inclui ainda uma cobertura verde de 4,6 hectares..Quatro anos depois de ter fechado portas para uma profunda remodelação - e com dois anos de atraso face à data então prevista para reabrir - o rejuvenescido Mercado do Bolhão também vai apresentar a nova cara ao longo deste ano. Um dos ex-líbris da cidade, com 117 anos de história, o Bolhão foi submetido a uma requalificação que se tornou "quase obra de relojoaria", minuciosa e prolongada por uma forçada alteração do método construtivo a meio dos trabalhos..Construção de um túnel de acesso, restauração de fachadas, remodelação integral da cobertura e uma nova cave logística estão entre as novidades de um Bolhão modernizado, promete a autarquia. As novas chaves já começaram a ser entregues a alguns lojistas e os "velhos" pregões devem voltar a fazer-se ouvir a partir do segundo trimestre..Expectavelmente mais cedo, reabrirá outro edifício icónico da cidade: o Cinema Batalha. Símbolo cultural do Porto com sobrevivência agónica nas últimas décadas, espera ganhar novo fôlego com a aposta da autarquia, que o arrendou por um período de 25 anos para ali implementar agora uma nova estratégia: Batalha Centro de Cinema, com inauguração prevista para fevereiro..Também a requalificação e a expansão de espaços verdes será uma realidade em parques como o da Asprela ou de São Roque, para contrabalançar os incómodos provocados pelas obras em várias artérias da cidade, da Praça da Liberdade à Avenida de França, com extensão até à vizinha Vila Nova de Gaia, que partilha com o Porto a ampliação da rede de metro. Na ligação entre as duas margens, prevê-se também para o final de 2022 a reabertura do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís..Em Gaia, o ano deverá marcar também a aguardada conclusão da requalificação dos 17 km de orla ribeirinha, que permitirá estender o passadiço da margem esquerda do Douro até Crestuma-Lever. Mais a norte, a Maia dever ver finalizada a nova via periférica, Matosinhos terá concluída a ligação de Leça da Palmeira à A28, Gondomar espera usufruir do novo Parque Urbano da Ribeira de Archeira e a Trofa (elevada a concelho em 1998) quer finalmente deixar de ser o único município do país sem um edifício próprio para os seus Paços do Concelho..rui.frias@dn.pt