O Paço Real de Caxias, um edifício do século XVII em Oeiras classificado como imóvel de interesse público, está novamente a concurso público para concessão no âmbito do programa Revive. Pela segunda vez: o imóvel já tinha sido concessionado em março de 2020 e deveria ter aberto portas como estabelecimento hoteleiro no primeiro trimestre deste ano. Mas as obras nunca chegaram a arrancar e a concessão acabou por ser revogada..Segundo o Ministério da Economia e do Mar, que ontem anunciou a abertura do novo concurso público, o Paço Real será concessionado por um período de 50 anos, por uma "renda anual mínima de 174 912 euros, estimando-se um investimento de recuperação na ordem dos 11 milhões de euros". Os investidores terão agora um prazo de "48 dias para apresentação de propostas no novo concurso, em condições idênticas às do concurso anterior"..Concessão do Paço Real de Caxias anulada. Obras no Convento da Graça deverão ser prorrogadas.Em causa está um imóvel que foi usado pelo futuro rei D. Pedro V enquanto residência de férias da família real. Em mau estado de conservação há já vários anos, a situação do Paço Real de Caxias foi recentemente objeto de um alerta da associação cívica Cidadania LX, que questionou a falta de ação perante a "degradação e predação" do edifício classificado desde 1953. "Trata-se de um edifício com grande valor histórico e patrimonial, muito maltratado desde há anos e que tem sido vandalizado", sublinhava ao DN, há poucas semanas, o presidente da associação, Paulo Ferrero. Já o ministério fala num "imóvel histórico, com uma localização excecional, em frente à linha de costa, no qual se destacam as esculturas nos jardins, os tetos pintados e os azulejos azuis e brancos na fachada do edifício principal" - a azulejaria é um dos traços distintivos do edifício, mas tem sido também um dos principais alvos de vandalismo..Citada no comunicado do Ministério da Economia e do Mar, a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, refere que "o Paço Real de Caxias é um ativo estratégico, que merece ser valorizado e divulgado. O Programa Revive ajudará a que este património seja requalificado, passando a acolher um projeto turístico de qualidade tal como se impõe". A tutela lembra que o imóvel "já fora anteriormente concessionado, visando a sua recuperação e requalificação para lhe ser dado um uso turístico", mas a "celebração do contrato coincidiu com o início da pandemia de covid-19, que originou inesperadas transformações que se fizeram sentir à escala global e que tiveram um impacto decisivo no setor do turismo e, em concreto, na atividade, planeamento e capacidade de execução da concessionária"..Além do novo concurso público para o Paço Real de Caxias, que abriu ontem, estão abertos concursos para a concessão da Casa Grande, em Pinhel, e da 7.ª Bateria do Outão, no Parque Natural da Arrábida, em Setúbal, estando também a decorrer os concursos para a concessão dos Fortes de São João e de São Pedro, em Cascais..Atualmente, o programa Revive - que visa a requalificação de património histórico, redirecionado para fins turísticos - integra 52 imóveis, 27 dos quais foram já colocados a concurso, com 18 concessões adjudicadas. Segundo números do Ministério da Economia e do Mar, representam um "investimento privado estimado em cerca de 142,5 milhões de euros" e "rendas anuais na ordem dos 2,5 milhões" de euros para o Estado..Nesta altura, há dois empreendimentos turísticos já em funcionamento, um instalado no Convento de S. Paulo, em Elvas, o segundo na Coudelaria de Alter. E é "expectável" o início de exploração de mais dois empreendimentos turísticos até ao final deste ano - o Mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde, e o Mosteiro de Arouca..susete.francisco@dn.pt
O Paço Real de Caxias, um edifício do século XVII em Oeiras classificado como imóvel de interesse público, está novamente a concurso público para concessão no âmbito do programa Revive. Pela segunda vez: o imóvel já tinha sido concessionado em março de 2020 e deveria ter aberto portas como estabelecimento hoteleiro no primeiro trimestre deste ano. Mas as obras nunca chegaram a arrancar e a concessão acabou por ser revogada..Segundo o Ministério da Economia e do Mar, que ontem anunciou a abertura do novo concurso público, o Paço Real será concessionado por um período de 50 anos, por uma "renda anual mínima de 174 912 euros, estimando-se um investimento de recuperação na ordem dos 11 milhões de euros". Os investidores terão agora um prazo de "48 dias para apresentação de propostas no novo concurso, em condições idênticas às do concurso anterior"..Concessão do Paço Real de Caxias anulada. Obras no Convento da Graça deverão ser prorrogadas.Em causa está um imóvel que foi usado pelo futuro rei D. Pedro V enquanto residência de férias da família real. Em mau estado de conservação há já vários anos, a situação do Paço Real de Caxias foi recentemente objeto de um alerta da associação cívica Cidadania LX, que questionou a falta de ação perante a "degradação e predação" do edifício classificado desde 1953. "Trata-se de um edifício com grande valor histórico e patrimonial, muito maltratado desde há anos e que tem sido vandalizado", sublinhava ao DN, há poucas semanas, o presidente da associação, Paulo Ferrero. Já o ministério fala num "imóvel histórico, com uma localização excecional, em frente à linha de costa, no qual se destacam as esculturas nos jardins, os tetos pintados e os azulejos azuis e brancos na fachada do edifício principal" - a azulejaria é um dos traços distintivos do edifício, mas tem sido também um dos principais alvos de vandalismo..Citada no comunicado do Ministério da Economia e do Mar, a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, refere que "o Paço Real de Caxias é um ativo estratégico, que merece ser valorizado e divulgado. O Programa Revive ajudará a que este património seja requalificado, passando a acolher um projeto turístico de qualidade tal como se impõe". A tutela lembra que o imóvel "já fora anteriormente concessionado, visando a sua recuperação e requalificação para lhe ser dado um uso turístico", mas a "celebração do contrato coincidiu com o início da pandemia de covid-19, que originou inesperadas transformações que se fizeram sentir à escala global e que tiveram um impacto decisivo no setor do turismo e, em concreto, na atividade, planeamento e capacidade de execução da concessionária"..Além do novo concurso público para o Paço Real de Caxias, que abriu ontem, estão abertos concursos para a concessão da Casa Grande, em Pinhel, e da 7.ª Bateria do Outão, no Parque Natural da Arrábida, em Setúbal, estando também a decorrer os concursos para a concessão dos Fortes de São João e de São Pedro, em Cascais..Atualmente, o programa Revive - que visa a requalificação de património histórico, redirecionado para fins turísticos - integra 52 imóveis, 27 dos quais foram já colocados a concurso, com 18 concessões adjudicadas. Segundo números do Ministério da Economia e do Mar, representam um "investimento privado estimado em cerca de 142,5 milhões de euros" e "rendas anuais na ordem dos 2,5 milhões" de euros para o Estado..Nesta altura, há dois empreendimentos turísticos já em funcionamento, um instalado no Convento de S. Paulo, em Elvas, o segundo na Coudelaria de Alter. E é "expectável" o início de exploração de mais dois empreendimentos turísticos até ao final deste ano - o Mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde, e o Mosteiro de Arouca..susete.francisco@dn.pt