A inscrição no plano de saúde gratuito "Lisboa 65+", dirigido a 130 mil lisboetas com mais de 65 anos, está disponível a partir desta quarta-feira, anunciou a Câmara Municipal, indicando que os serviços previstos arrancam a partir de janeiro.."A adesão ao Plano de Saúde 65+ pode ser feita desde já, nas farmácias aderentes de Lisboa ou online, e os munícipes abrangidos podem beneficiar dos serviços a partir de janeiro de 2023", informou o município, em comunicado, referindo que as informações e inscrições estão disponíveis através da página na Internet: 65mais.lisboa.pt..O anúncio do início do processo de inscrição no plano de saúde gratuito "Lisboa 65+" acontece um dia depois da aprovação da proposta da câmara pela Assembleia Municipal de Lisboa..Apresentada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), que governa sem maioria absoluta, a proposta de plano de saúde "Lisboa 65+" foi viabilizada pelos deputados municipais, com os votos contra de BE, Livre, PEV, PCP e independente Daniela Serralha, do movimento político Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e a abstenção de PS e Iniciativa Liberal (IL). Votaram a favor do plano de saúde os grupos municipais de PSD, PAN, MPT, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega..De acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, o plano de saúde "abrange 130 mil lisboetas com mais de 65 anos que vão beneficiar, de modo gratuito, a teleconsultas 24 horas por dia, assistência médica ao domicílio em caso de necessidade e transporte em ambulância"..Os lisboetas mais vulneráveis, nomeadamente cerca de 5.000 cidadãos beneficiários do complemento solidário para idosos, podem beneficiar de "um leque de serviços ainda mais reforçado", em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com acesso gratuito a consultas de várias especialidades, como oftalmologia e estomatologia, incluindo a atribuição gratuita de óculos e próteses dentárias, assim como a comparticipação total de medicamentos, entre outros apoios sociais..Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, este plano de saúde pretende ser uma forma de o município "estar presente nos momentos em que as pessoas realmente precisam e nos quais não encontram resposta".."A saúde, sendo um setor prioritário, foi desde o início um compromisso que assumi perante os lisboetas", afirmou o social-democrata Carlos Moedas, citado no comunicado da Câmara de Lisboa, lembrando que o plano de saúde foi uma das promessas eleitorais da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) nas autárquicas de 2021..Para a implementação do plano, o município celebrou protocolos com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e com o Instituto da Segurança Social, para partilha de informação sobre os utentes com mais de 65 anos e sobre os que são beneficiários do complemento solidário para idosos, bem como com a Associação Nacional de Farmácias, a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, prevendo ainda a participação dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa..O plano de saúde, que deverá ser implementado em 2023, 2024 e 2025, está orçado em cerca de 1,5 milhões de euros por ano, dos quais 600 mil euros para assegurar os serviços de teleconsulta e de assistência médica ao domicílio..No executivo camarário, em 24 de outubro, a proposta de Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, foi aprovada graças à abstenção dos cinco vereadores do PS, contando com os votos a favor dos sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) e os votos contra da restante oposição, nomeadamente dois do PCP, um do BE, um do Livre e um da vereadora independente do Cidadãos por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre).