Almada Negreiros, o modernista que deixou a sua marca em Lisboa
Almada Negreiros (1893-1970) deixou muitas obras da sua arte, nas mais variadas formas, espalhadas pela cidade de Lisboa.
Quadros, murais, desenhos incisos, tapeçarias, vitrais, painéis de azulejos... São muitas as formas de arte que Almada Negreiros (1893-1970) deixou na cidade de Lisboa e que vão desde a Gare Marítima de Alcântara e a Gare Marítima da Rocha de Conde Óbidos, às igrejas de Nossa Senhora de Fátima e do Santo Condestável, edifícios na Rua Vale do Pereiro e na Avenida Gago Coutinho, passando pela Escola Patrício Prazeres, as faculdades de Direito e Letras da Universidade de Lisboa, bem como a sua reitoria, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Tribunal de Contas, o Bristol Club e, claro, o edifício do Diário de Notícias.
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Convidado por Pardal Monteiro, arquiteto do edifício do Diário de Notícias, Almada Negreiros executou no átrio, entre 1939 e 1940, várias pinturas a fresco em que joga com a representação do espaço geográfico e o tempo. Na pintura principal do átrio, Almada Negreiros desenhou e pintou um mapa-múndi onde se podem ver animais reais ou inventados, figuras mitológicas, a Vénus de Botticelli no Ártico ou a Torre Eiffel em França. Na parede oposta, Almada Negreiros decidiu traçar o processo de produção de um jornal, mostrando a passagem das horas entre a chegada das notícias e a impressão do jornal, neste caso o Diário de Notícias, que no próximo dia 29 completa 157 anos. Já na parede lateral, Almada Negreiros pintou a fresco um mapa de Portugal, ao qual juntou a representação das estações do ano associadas ao trabalho rural. Na entrada pode ser vista a obra Alegoria à Imprensa.
É ainda da autoria de Almada Negreiros a empena cega do edifício do Diário de Notícias, o globo que representa os signos do zodíaco e o vitral com a sigla ENP (Empresa Nacional de Publicidade) que se encontram na fachada do prédio da Avenida da Liberdade.
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