Zelensky visita 'ponto quente' dos combates em Bakhmut
Presidente da Ucrânia condecorou soldados em Bakhmut, palco de violentos confrontos, com elevadas baixas tanto do lado das forças russas como das forças ucranianas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou esta terça-feira Bakhmut, uma cidade em Donetsk que as forças russas estão há meses a tentar conquistar e atualmente o ponto mais 'quente' na frente de batalha no leste da Ucrânia, disse fonte oficial.
Relacionados
"[Zelensky] conheceu soldados, falou com eles e condecorou-os", indicou o serviço de imprensa da Presidência ucraniana.
Embora Zelensky viaje regularmente para áreas próximas da linha de frente, a visita a Bakhmut, na região de Donbass, parece ser a mais arriscada de todas as viagens.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"Zelensky em Bakhmut. O presidente mais corajoso da nação mais corajosa", comentou o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, nas redes sociais.
President @ZelenskyyUa is now in Bakhmut. The bravest President of the bravest nation https://t.co/Xg1pzJQeVZ
Desde o verão que os russos tentam tomar Bakhmut, outrora conhecida pelos seus vinhedos e minas de sal e que tinha cerca de 70 mil habitantes antes da invasão de Moscovo, lançada no final de fevereiro.
Nos últimos meses, a cidade tornou-se palco de violentos confrontos, com elevadas baixas de ambos os lados, devido à exaustiva guerra de trincheiras, duelos de artilharia pesada e ataques frontais.
Enquanto as tropas russas reivindicam a tomada de aldeias e áreas nas proximidades da cidade, as forças ucranianas parecem controlar Bakhmut e parte dos arredores.
"As forças russas supostamente perderam posições ao sul de Bakhmut a 18 de dezembro e continuaram os ataques terrestres perto de Bakhmut e da cidade de Donetsk", comentou segunda-feira, num relatório, o centro de análise do Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.