Zelensky pede aos países do G7 que ajudem a criar um escudo aéreo para a Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu esta terça-feira aos líderes dos países do G7 que ajudem a criar um escudo aéreo para impedir os ataques russos ao seu país, que se multiplicaram desde segunda-feira.
"Peço-vos que fortaleçam o esforço geral para ajudar financeiramente na criação de um escudo aéreo para a Ucrânia. Milhões de pessoas agradecerão ao G7 por tal ajuda", disse Zelensky numa videoconferência de emergência dos líderes do grupo dos sete países mais industrializados do mundo.
O presidente ucraniano afirmou ainda que Vladimir Putin ainda tem espaço para mais escalada no conflito após dois dias de ataques aéreos generalizados em cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev.
"O líder russo, que agora está na fase final do seu reinado, ainda tem espaço para mais escalada", disse Zelensky. "Isso é uma ameaça para todos nós", frisou.
Zelensky contou que a Ucrânia está a sofrer ataques "massivos" de mísseis russos pelo segundo dia consecutivo: mais de 84 na segunda-feira e outros 28 já esta terça-feira, além de outros com recurso a drones.
O presidente da Ucrânia apontou a Bielorrússia como uma ameaça, uma vez que entende que a Rússia está a tentar arrastar esse seu aliado para a guerra, e pediu para que as instâncias internacionais estejam atentas à fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia.
"A Rússia está a tentar atrair diretamente a Bielorrússia para esta guerra, alegando que supostamente estamos a preparar um ataque a esse país", alegou.
"Uma missão de observadores internacionais pode estar estacionada na fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia para acompanhar a situação", acrescentou.
A Rússia usou a Bielorrússia como plataforma de lançamento para a sua invasão à Ucrânia e Minsk deu a entender de que poderia intervir diretamente ao anunciar o envio de uma força conjunta russo-bielorrussa.
As potências mundiais disseram, após conversas sobre a situação na Ucrânia com o presidente Volodymyr Zelensky, que vão responsabilizar o líder russo Vladimir Putin pelos recentes ataques aéreos generalizados em cidades como Kiev.
"Condenamos esses ataques nos termos mais fortes possíveis e lembramos que ataques indiscriminados a populações civis inocentes constituem um crime de guerra", disse o G7 em comunicado. "Vamos responsabilizar o presidente Putin e os responsáveis", acrescenta a nota.