Zelensky insiste em sanções internacionais contra a Rússia após noite de ataques intensos
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Zelensky insiste em sanções internacionais contra a Rússia após noite de ataques intensos

Tratou-se da segunda noite em que se registaram ataques de grande intensidade da Rússia contra a Ucrânia. Pelo menos duas pessoas morreram em Kiev.
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O Presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, voltou a apelar aos países aliados para que imponham novas sanções contra a Rússia o mais rapidamente possível, após intensos ataques noturnos.

A madrugada desta quinta-feira. 10 de julho, foi marcada por fortes ataques russos contra o território da Ucrânia, que fizeram pelo menos dois mortos em Kiev.

De acordo com Kiev, a Rússia lançou nas últimas horas 400 aparelhos aéreos não tripulados e 18 mísseis contra a Ucrânia.

Na sequência do ataque noturno, Volodimir Zelensky disse, através das redes sociais que se trata do agravamento do terror por parte da Rússia.

"As sanções devem ser impostas rapidamente e a pressão sobre a Rússia deve ser suficientemente forte para que sinta realmente as consequências do terror [que provoca]", acrescentou o chefe de Estado da Ucrânia.

De acordo com o chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkatchenko, as forças russas atingiram esta madrugada seis bairros da capital.

Os ataques ou os destroços dos projéteis intercetados atingiram zonas residenciais, veículos, armazéns e edifícios de escritórios, segundo a mesma fonte.

Tratou-se da segunda noite em que se registaram ataques de grande intensidade da Rússia contra a Ucrânia.

Neste contexto de intensificação dos ataques russos e de impasse diplomático, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, deve encontrar-se esta quinta-feira com o homólogo russo, Sergei Lavrov, à margem da reunião dos chefes de diplomacia dos países do Sudeste Asiático (ASEAN), em Kuala Lumpur.

Os EUA retomaram o envio de algumas armas para a Ucrânia, uma semana depois de o Departamento de Defesa (Pentágono) ter determinado a suspensão de algumas entregas.

Entre as armas que seguiram agora na Ucrânia estão munições de 155 mm e 'rockets' guiados de precisão conhecidos como GMLRS, adiantaram duas autoridades norte-americanas à agência Associated Press (AP), que falaram sob condição de anonimato.

Não ficou imediatamente claro quando exatamente as armas começaram a ser enviadas, acrescentou a AP.

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, tinha determinado a suspensão na semana passada, que afetou um recente envio específico de armas para a Ucrânia, para permitir ao Pentágono avaliar os seus stocks de armas, numa medida que apanhou a Casa Branca de surpresa.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na segunda-feira que pretendia enviar mais armas para Kiev, sobretudo armas defensivas, e no dia seguinte acusou o chefe de Estado da Rússia de dizer "disparates" sobre a Ucrânia.

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Por outro lado, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, devem participar esta quinta-feira numa reunião por videoconferência sobre a Ucrânia em que vão participar o Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 anexando a Península da Crimeia e lançou uma ofensiva de grande escala em fevereiro de 2022.

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