Encontro ocorreu esta tarde em Bruxelas.
Encontro ocorreu esta tarde em Bruxelas.Foto: EPA / OLIVIER HOSLET / Lusa

Putin deve "pôr fim à matança" antes de acordo de paz, defende Zelensky em Bruxelas

Ursula von der Leyen e outros líderes europeus estarão na segunda-feira com Zelenky na reunião com o Presidente Trump e outros líderes europeus na Casa Branca.
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Putin deve "pôr fim à matança" antes de um acordo de paz. Esta é a posição do Presidente ucraniano de Volodymyr Zelensky, que está em Bruxelas esta tarde, 17 de agosto. A declaração foi realizada ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. "Primeiro, precisamos pôr fim à matança. Putin tem muitas exigências, mas não conhecemos todas elas, e se realmente houver tantas quanto ouvimos, levará tempo para analisá-las todas", disse Zelensky.

O presidente ucraniano também defende um cessar fogo imediato antes do acordo final. Sobre a exigência de ceder territórios, afirmou que deve ser discutida apenas entre a Ucrânia e a Rússia, com os Estados Unidos a mediar. Ao mesmo tempo, lembrou que a Constituição da Ucrânia não permite ceder territórios ou negociar zonas do país.

Ursula von der Leyen, que estará com Zelensky em Washington na segunda-feira, afirmou que a União Europeia (UE) apoiará a Ucrânia para uma paz “justa e “duradoura” durante o tempo que for necessário. Também disse que a Ucrânia "é um país soberano e deve ser capaz de manter sua integridade territorial" e que, na negociação, não pode haver nenhuma limitação às forças armadas da Ucrânia.

A líder europeia ainda vincou que a Europa continuará a trabalhar "arduamente" para ajudar a Ucrânia em termos de capacidade de defensa, em especial com drones. Em termos políticos, reafirmou que continua em defesa da entrada do país na UE, o que "é um tipo de garantia de segurança". Por fim, destacou que "enquanto o derramamento de sangue" continuar, a UE manterá as sanções económicas e diplomáticas na Rússia.

Encontro na Casa Branca

O encontro ocorre um dia antes de Zelensky ir a Washington reunir-se com Donald Trump, após a cimeira com Putin no Alasca. Ursula também confirmou no X que estará na reunião na Casa Branca, "A pedido do Presidente Zelensky, participarei na reunião com o Presidente Trump e outros líderes europeus na Casa Branca amanhã [segunda-feira]", escreveu Ursula von der Leyen na rede social X.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente finlandês, Alexander Stubb, vão juntar-se ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a outros líderes europeus no encontro com o Presidente norte-americano, Donald Trump, na segunda-feira em Washington.

Keir Starmer "reafirmará que o apoio à Ucrânia continuará pelo tempo que for necessário", segundo um comunicado de Downing Street. Também fontes do Governo italiano confirmaram à agência de notícias espanhola EFE a presença de Meloni, enquanto o chefe de Estado finlandês também anunciou que irá estar presente.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, destacou este sábado “os esforços” de Trump para o fim da guerra na Ucrânia. Ao mesmo tempo, o presidente francês, Emmanuel Macron, alertou para os riscos de incumprimento por parte do Kremlin, sublinhando a “propensão” da Rússia a não cumprir os seus compromissos, e apelou para que a “pressão” sobre Moscovo seja mantida enquanto não houver uma paz duradoura.

As posições de Londres e Paris refletem a preocupação europeia com a segurança da Ucrânia, num momento em que Kiev procura reforçar garantias junto dos aliados ocidentais, face aos avanços russos no terreno. Na reunião em Washington entre Trump e o presidente ucraniano foram ainda convidados líderes europeus.

Donetsk e Lugansk em troca do fim da guerra

No sábado, o jornal Financial Times avançou que Vladimir Putin terá pedido que a Ucrânia abrisse mãos de dois dos territórios que a Rússia atualmente ocupa, Donetsk e Lugansk, em troca do fim da guerra.

Donald Trump afirma que “todos” preferem ir “diretamente para um acordo de paz” e não “um mero acordo de cessar-fogo” para acabar com a “terrível guerra” na Ucrânia.

*Com Lusa

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