Zelensky encontrou-se com o rei Carlos III durante visita ao Reino Unido
Volodymyr Zelensky reuniu-se esta segunda-feira, 23 de junho, com o rei Carlos III durante uma visita ao Reino Unido que contemplará ainda um encontro com o primeiro-ministro Keir Starmer, destinada a discutir a defesa da Ucrânia e como pressionar ainda mais a Rússia.
O presidente ucraniano esteve com o monarca no Castelo de Windsor. Ambos apertaram as mãos perante as câmaras naquele que foi o terceiro encontro entre os dois este ano e o mais recente gesto de apoio do rei britânico à Ucrânia.
Além de Starmer, Zelensky irá reunir-se com os presidentes das duas câmaras do parlamento. "Negociaremos novas e poderosas medidas para aumentar a pressão sobre a Rússia nesta guerra e pôr fim aos ataques [russos]", escreveu na rede social X.
O seu porta-voz disse que o presidente ucraniano também iria falar com militares ucranianos que estão a ser treinados na Grã-Bretanha e com representantes de think tanks. "O principal objetivo da visita é aprofundar a cooperação em matéria de defesa", afirmou.
Zelensky revelou este domingo que os serviços secretos ucranianos têm provas de que a Rússia está a preparar novas operações militares na Europa.
"Estamos a observar um declínio intelectual contínuo no seio da liderança russa e temos provas de que estão a preparar novas operações militares em território europeu. Estamos também a testemunhar os danos muito tangíveis que estão a ser infligidos ao sistema económico da Rússia pelas sanções, o que confirma a justeza da nossa estratégia de forçar a Rússia a pôr termo à guerra através da intensificação das sanções e de outras formas de pressão", escreveu Zelensky na rede social X, acrescentando que a Ucrânia vai informar os parceiros estrangeiros sobre as informações obtidas pelos serviços secretos militares (HUR) e que constam do relatório do seu chefe, Kyrylo Budanov.
Sem adiantar mais pormenores, nomeadamente datas e países visados, o presidente ucraniano explicou que está "a preparar decisões conjuntas para a defesa, em particular com o Reino Unido e a União Europeia", e que continua a lutar para enfraquecer o exército russo.
"Estamos cientes das principais vulnerabilidades [da Rússia] e atacaremos em conformidade para defender o nosso Estado e o nosso povo, bem como para reduzir significativamente a capacidade de agressão da Rússia", frisou.