Macron anuncia envio de "força de segurança" europeia para a Ucrânia no dia a seguir ao acordo de paz
Secretário-geral da NATO incentiva Portugal a gastar 2% do PIB em defesa já no verão
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, incentivou hoje Portugal e os Estados-membros ainda abaixo dos 2% do PIB nos seus gastos em defesa a ultrapassar esta fasquia no próximo verão, avisando que a organização precisa coletivamente de muito mais.
Durante um colóquio realizado na Escola de Economia de Varsóvia, o dirigente da Aliança Atlântica afirmou que Espanha, entre outros países europeus, pretende alcançar aquela meta no verão, conforme o compromisso acordado pelos Estados-membros, que ganhou destaque com a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e com a chegada do republicano Donald Trump à liderança da Casa Branca.
Nesse sentido, Mark Rutte observou, citado pela agência EFE, que outros países, como Portugal e Itália, também estão a fazer este debate e incentivou-os a atingir a marca dos 2% até ao verão.
O objetivo é conseguir ultrapassar coletivamente esse limite consideravelmente, alertou, uma vez que é necessário "gastar muito, muito mais do que 2%".
Segundo estimativas da NATO relativas a 2024, Portugal apresentava apenas gastos do PIB em defesa de 1,55% e era um dos oito países da organização abaixo dos 2% acordados.
Na sua intervenção de hoje na capital polaca, o antigo primeiro-ministro dos Países Baixos avisou que não são apenas os aliados orientais da NATO que estão ameaçados por Moscovo, justificando que, "com a mais recente tecnologia de mísseis da Rússia, a diferença entre um ataque a Varsóvia e um ataque a Madrid é de dez minutos".
"Portanto, estamos todos no flanco leste: Amesterdão está no flanco leste, Londres está no flanco leste, até Washington está no flanco leste", declarou.
Macron anuncia envio de uma "força de segurança" europeia para a Ucrânia no dia a seguir ao acordo de paz com a Rússia
Emmanuel Macron anunciou esta quinta-feira que será enviada para a Ucrânia, no dia a seguir ao acordo de paz com a Rússia, uma "força de segurança" europeia para atuar como garantia de segurança.
"Haverá uma força de segurança europeia com vários países europeus que serão destacados. A proposta foi feita pela Grã-Bretanha e por França, é desejada pela Ucrânia e foi também aceite por vários Estados-membros que manifestaram a sua vontade de aderir", afirmou o presidente francês.
"Não é unânime, e isso é sabido. Não precisamos que haja unanimidade para o fazer", vincou.
O termo "força de segurança" é diferente do de força de "manutenção da paz" que foi discutido a pedido da Ucrânia.
A "força de segurança" está em fase de planeamento, mas não irá substituir as tropas de manutenção da paz que mantêm qualquer cessar-fogo.
Será a Ucrânia a indicar o que precisa destas forças europeias destacadas, segundo o presidente francês. "Para já, nada está excluído. Estamos a analisar os ângulos marítimo, aéreo e terrestre", acrescentou.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que essa força seria "desenhada para dissuadir" de forma a "enviar a mensagem a Putin de que este é um acordo que será defendido".
Putin diz que planos dos EUA para anexar a Gronelândia são "reais"
Vladimir Putin afirmou esta quinta-feira que os planos dos Estados Unidos para anexar a Gronelândia são "reais" e mostrou-se preocupado que o Ocidente possa usar o Ártico como trampolim para futuros conflitos.
“É um erro profundo pensar que isto é alguma conversa extravagante da nova administração americana. Não é nada disso”, afirmou o presidente russo num fórum do Ártico na cidade de Murmansk, no norte da Rússia.
“Estamos a falar de planos reais do lado americano no que diz respeito à Gronelândia. Estes planos têm raízes históricas de longa data”, acrescentou, citado pela AFP.
Putin disse que, embora a Rússia não esteja diretamente envolvida na questão da propriedade da Gronelândia, o Kremlin está preocupado com o facto de “os países da NATO, em geral, estarem cada vez mais a designar o extremo norte como um trampolim para possíveis conflitos”.
Von der Leyen e António Costa reafirmam apoio a Kiev e rejeitam retirar sanções à Rússia
Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, António Costa, transmitiram hoje a intenção da União Europeia de manter o apoio financeiro e militar à Ucrânia no futuro, além das negociações de paz.
Afirmaram também que a União Europeia (UE) continuará a pressionar a Rússia através de sanções europeias, dada a desconfiança generalizada em relação às intenções do Presidente russo, Vladimir Putin, de pôr termo à agressão.
Foi esta a posição defendida pelos dois líderes da UE na cimeira que reuniu cerca de 30 líderes europeus em Paris para discutir o futuro apoio à Ucrânia.
Numa mensagem publicada nas redes sociais no final da reunião, Von der Leyen saudou o facto de a "aliança dos voluntários" estar a ficar "mais forte" e "determinada" no seu apoio a Kiev.
A conservadora alemã sublinhou que a UE "vai manter a pressão sobre a Rússia", declarando: "Foi deixado muito claro que as sanções continuam em vigor. O que nós queremos é um acordo de paz justo e duradouro, esse é o objetivo".
Tal esclarecimento surge depois de a Rússia ter exigido, nas conversações com os Estados Unidos, que fossem tomadas medidas para eliminar as sanções de que é alvo.
Ao mesmo tempo, a líder do executivo comunitário salientou a necessidade de aumentar o apoio financeiro e militar à Ucrânia a curto prazo.
"As necessidades militares ucranianas mas também as financeiras da Ucrânia têm de ser cobertas, pelo que posso confirmar que a UE irá adiantar a sua parte dos empréstimos do G7 para a Ucrânia", indicou, referindo-se aos 18 mil milhões que a UE planeia fornecer à Ucrânia.
Por último, Von der Leyen defendeu os planos postos em marcha por Bruxelas para aumentar as despesas com a Defesa na UE, um programa de que a indústria militar ucraniana irá beneficiar.
Ao seu lado, o presidente do Conselho Europeu sustentou que a melhor forma de apoiar Kiev é manter-se "consistente" no objetivo de um cessar-fogo completo que conduza a uma paz justa.
"Isto significa manter a pressão sobre a Rússia através de sanções. Seria um erro estratégico ceder à tentação de uma atenuação precoce das sanções", afirmou na cimeira, segundo fontes europeias.
Esta posição está em consonância com as dúvidas generalizadas entre os participantes na cimeira de Paris quanto à vontade de Moscovo de suspender a agressão e chegar a um acordo com Kiev, explicaram estas fontes.
Costa também sublinhou que a UE vai continuar a trabalhar no fornecimento de dois milhões de cartuchos de munições, uma iniciativa avaliada em 5.000 milhões de euros e promovida pela alta representante para a Política Externa, Kaja Kallas, depois de ter arquivado um plano para gastar 40 mil milhões de euros em equipamento militar para reforçar Kiev em 2025.
A UE conta com os seus Estados-membros para fornecer 17 mil milhões em apoio militar este ano, de acordo com os compromissos anunciados pelos diferentes países do bloco comunitário.
O plano da UE também passa também por reforçar o Exército ucraniano a longo prazo, como primeiro pilar das garantias de segurança da Ucrânia, um passo para o qual é essencial aumentar as despesas com a Defesa na Europa.
Lusa
Zelensky critica resposta dos EUA à recusa do cessar-fogo e diz que Starmer e Macron são quem lidera a Europa
Volodomyr Zelensky criticou os Estados Unidos pela resposta à recusa da Rússia em aceitar o plano de cessar-fogo apresentou pelos norte-americanos e com o qual a Ucrânia havia concordado.
"Na minha opinião, acredito que depois disso, deviam ter sido introduzidas sanções [por parte dos EUA]", afirmou o presidente ucraniano em conferência de imprensa.
No entanto, Zelensky pareceu arrepender-se logo a seguir a proferir essa frase. "Ok, vamos apenas fazer uma pausa e não continuar apenas a aconselhar os EUA sobre o que fazer. Eles têm o seu próprio povo que pode aconselhar, mas, mesmo assim, os russos não aceitaram isso", retificou.
O presidente ucraniano referiu ainda que o presidente francês e o primeiro-ministro britânico, Emmanuel Macron e Keir Starmer, são quem lidera a Europa. "Concordamos que a Europa será representada pela França e pela Grã-Bretanha — Starmer e Macron. Esta é uma posição clara e gostaríamos de enviar este sinal", afirmou.
Zelensky aproveitou também para criticar Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, acusando-o de viver "numa realidade diferente" da Ucrânia. "Para nós, estas pessoas são de outro planeta. Isto não é uma acusação contra alguém. Simplesmente vivemos em realidades diferentes, em mundos diferentes", acrescentou.
Recorde-se que, em entrevista à Fox News no domingo, o enviado do Presidente Donald Trump para assuntos internacionais, Steve Witkoff, afirmou que não via o Presidente russo, Vladimir Putin, "a querer tomar conta de toda a Europa". Witkoff considerou a ameaça teórica porque, na sua opinião, Putin "quer a paz".
Governo esclarece que verba para a Ucrânia inclui-se no compromisso global de 221 milhões de euros em 2025
A verba de 205 milhões euros aprovada hoje em Conselho de Ministro para realização de despesa com a Ucrânia é parte do compromisso de 221 milhões para o conjunto do ano de 2025, e acresce aos 227 milhões de 2024.
As explicações foram dadas hoje pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final do Conselho de Ministros, depois de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter anunciado em Paris que Portugal tinha aprovado a autorização para realizar despesa até "205 milhões de euros para apoio militar à Ucrânia".
"Portugal está ao lado da Ucrânia, Portugal está comprometido com o apoio na defesa da Ucrânia. Temos também que fazer um esforço financeiro para poder, no contexto dos compromissos europeus, no contexto dos compromissos com os nossos aliados, apoiar o esforço dos ucranianos", reforçou Leitão Amaro.
Segundo o ministro, estes 205 milhões de euros "são parte dos 221,6 milhões de euros" com que o país se comprometeu para o ano de 2025 no apoio à Ucrânia e somam-se aos 227 milhões de euros de esforço que Portugal fez no ano de 2024.
"A resolução do Conselho de Ministros aprova o valor global, delegando depois nos ministros, e em particular no ministro da Defesa, a alocação entre vários componentes", explicou.
Instado a detalhar em que poderá ser gasto esse valor, o ministro deu alguns exemplos: "Desde os custos com preparação e transporte do equipamento a doar, munições, acolhimento de feridos, aquisição de fardamentos, equipamentos de proteção individual e a contribuição para iniciativas conjuntas de compra de equipamentos, aéreos, marítimos, veículos blindados, tecnologias de informação, drones e a participação no chamado Fundo Internacional para a Ucrânia", disse.
"É uma verba global, que será destinada para várias componentes de equipamentos e apoio ao processamento destes apoios, que vai sendo gerido ao longo do ano, a sua alocação em concreto, pelo Ministro da Defesa, também em concertação com os parceiros aliados", acrescentou.
Lusa
Primeira-ministra italiana espera que Estados Unidos estejam na primeira
A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni disse hoje que espera "o envolvimento de uma delegação americana na próxima reunião" dos países que hoje estiveram em Paris.
Nesse sentido, destacou "a importância de continuar a trabalhar com os Estados Unidos para interromper o conflito e alcançar a paz", segundo a AFP.
Macron garante que Aliados vão enviar força europeia para a Ucrânia em caso de paz
O presidente francês Emmanuel Macron anunciou ainda que haverá uma força de segurança europeia na Ucrânia em caso de paz, que será assegurada por "vários países europeus".
Macron diz esperar o apoio dos Estados Unidos para o envio de uma força de paz europeia, mas admite um cenário sem Washington.
Macron anunciou também que vai coordenar os esforços dos aliados relativamente à Ucrânia em conjunto com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Disse ainda esperar que o Presidente chinês, Xi Jinping, "possa desempenhar um papel muito ativo" na promoção da paz na Ucrânia.
"Este não é o momento de suspender as sanções à Rússia", diz Macron
O presidente francês Emmanuel Macron revelou que a os países que participaram na cimeira de Paris "concordaram por unanimidade" que "este não é o momento de suspender as sanções" à Rússia.
"Não podem ser levantadas as sanções antes que a paz seja alcançada", acrescentou na conferência de imprensa após o encontro dos 31 países da coligação que tem como objetivo "manter a pressão económica" sobre a Rússia, assumindo que todos permanecem mobilizados.
Macron disse concordar com o papel do presidente dos EUA, Donald Trump, de conduzir as negociações de paz, sublinhando que estão "em contato constante".
"Para conseguirmos a paz devemos colocar a Ucrânia na melhor posição possível para negociar e garantir que essa paz seja sólida e duradoura", sublinhou Macron, que aproveitou para criticar a Rússia por não assinar o cessar-fogo proposto e estar sempre a colocar novas condições em cima da mesa.
Scholz diz que "seria um erro grave" levantar as sanções à Rússia
O chanceler alemão Olaf Scholz desafiou, à saída do Palácio do Eliseu, a Rússia a aceitar a oferta de cessar-fogo que está sobre a mesa.
Scholz aproveitou para criticar Moscovo por estar sempre "a adicionar" condições ao que é discutido, o que significa que "a Rússia não está interessada numa paz real”.
O chefe de governo da Alemanha acrescentou que, por isso, levantar as sanções da Rússia “seria um erro grave” e, como tal, defende que sejam mantidas e reforçadas.
"Não faz sentido acabar com as sanções antes de alcançar a paz, da qual ainda estamos muito longe disso, infelizmente", reforçou.
Portugal aprova despesa de até 205 milhões de euros para apoio militar à Ucrânia
O primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou que Portugal aprovou hoje uma resolução em Conselho de Ministros para autorizar a realização de despesa até "205 milhões de euros para apoio militar à Ucrânia".
"Ao mesmo tempo que estávamos a realizar esta reunião em Paris, estávamos a decidir no Conselho de Ministros, em Lisboa, a autorização da despesa no valor de 205 milhões de euros, que concretiza o apoio militar em equipamento, em várias áreas que vão dotar as Forças Armadas ucranianas para poderem, não só continuar a fazer o seu combate, como assegurar, num processo de paz, toda a dissuasão para que a segurança da Ucrânia e da Europa esteja salvaguardada", disse o primeiro-ministro à imprensa à saída do Palácio do Eliseu, Paris.
A reunião da coligação dos países disponíveis a apoiar a Ucrânia "mais uma vez acentua um espírito de união que se vive na Europa", junto dos parceiros da União Europeia e a Aliança Atlântica, mas também com a Turquia, a Islândia, o Canadá, afirmou o chefe de Governo português.
Segundo Luís Montenegro, este esforço tem como objetivo "um processo de paz que possa trazer uma paz justa e duradoura com o envolvimento da Ucrânia, com o envolvimento da Europa", mas também assegurando os compromissos dos aliados.
Esta resolução, "no quadro dos compromissos assumidos no acordo bilateral com a Ucrânia", segundo o seu gabinete, foi anunciada em Paris durante a cimeira sobre a paz e a segurança para o país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.
Questionado quanto às sanções à Rússia, relativamente à pressão para um cessar-fogo no Mar Negro, Luís Montenegro afirmou são um "mecanismo de declaração, como de garantia de compromissos" no âmbito da União Europeia, sendo um "primeiro passo" no processo que pode "trazer um cessar fogo global, que se compagine com uma situação de paz plena, justa e douradora".
"Nós estamos de acordo com aquela que tem sido a orientação da União Europeia e é nesse contexto que nos vamos manter. Não é ainda o tempo de fazer esse levantamento (de sanções), isso é claríssimo, não há nenhuma dúvida quanto a isso e, portanto, nós continuamos a renovar a cada meio ano as sanções e adequando-as a cada momento", referiu o chefe do executivo.
Estas sanções garantem "a possibilidade de a Ucrânia ter uma recuperação e garante também que todo o flanco sul da Europa possa usufruir do abastecimento de bens agroalimentares que são essenciais", acrescentou.
O primeiro-ministro sublinhou ainda o acompanhamento da situação de acordo com "as posições de todos os países", tendo em conta as questões de "países terceiros, fora da União Europeia, como é o caso dos Estados Unidos", que sob a administração do Presidente Donald Trump se têm aproximado da Rússia.
Questionado sobre o possível envio de militares para a Ucrânia no âmbito de um processo de paz, Montenegro disse que abordou este tema na reunião. Para Luís Montenegro, uma iniciativa nesse sentido deve ter "perspetivas de uma paz justa e duradoura" e deve considerar "medidas e garantias dos parceiros europeus e transatlânticos".
"Portugal não vai estar fora desse esforço para precisamente, no âmbito dessas garantias, podermos ter uma política de dissuasão e de manutenção de segurança. Mas estamos longe ainda, muito longe dessa fase. Nós assumimos o nosso compromisso com os nossos parceiros", afirmou o primeiro-ministro.
Lusa
Starmer revela que os 31 países discutiram a possibilidade de aumentar as sanções à Rússia
O primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky foram os líderes designados para serem os porta-vozes no final da cimeira de Paris realizada no Palácio do Eliseu.
"O que mais se destacou na reunião foi que muitos países estão contra a Rússia — como já estão há mais de três anos ao lado da Ucrânia —, permanecendo assim neste momento crucial durante o tempo que for necessário", começou por dizer Starmer, deixando uma garantia a Zelensky: "Você tem o nosso apoio."
O líder ucraniano disse ter ficado satisfeito pelo compromisso de "não suspender nenhum tipo de sanção até que a Rússia pare esta guerra", acrescentando que é preciso "mais pressão" sobre os russos.
"São importantes mais pacotes de sanções", sublinhou Zelensky, numa altura em que os Estados Unidos consideram suspender algumas sanções económicas a Moscovo.
O líder ucraniano reforçou ainda a ideia de que todos os líderes que participaram na cimeira "entendem que a Rússia não quer, neste momento, qualquer tipo de paz”.
Starmer admitiu ainda que "é absolutamente claro que a Rússia está tentar atrasar a paz" e que os países presentes na cimeira entendem que é preciso "ser absolutamente claro" sobre essa questão.
O primeiro-ministro britânico revelou que todos os líderes concordaram em dar mais apoio à Ucrânia “para garantir que o país esteja na posição mais forte possível, tanto agora como quanto em futuras negociações”, admitindo que este “não é o momento para suspender as sanções”.
"O que discutimos é como podemos aumentar as sanções para apoiar a iniciativa dos EUA, como forma de trazer a Rússia à mesa das negociações através de mais pressão deste grupo de países”, sublinhou Starmer.
Rússia acusa Ucrânia de atacar instalações de energia
O Ministério da Defesa da Rússia acusou hoje a Ucrânia de fazer ataques às infraestruturas de energia.
Os russos garantem que nas últimas 24 horas foi atacada uma subestação transformadora na região de Bryansk, sendo que garantem ter sido abatido um drone que atacava um armazenamento subterrâneo de gás, em Glebovskoye, na Crimeia, península que a Rússia anexou em 2014.
Terminou a cimeira de Paris. "A construir uma paz sólida para a Ucrânia e a Europa", diz Macron
Já terminou a cimeira de Paris que juntou os líderes de 31 países no Palácio do Eliseu.
O presentes, entre os quais o primeiro-ministro Luís Montenegro, tiraram uma foto de família partilhada pelo presidente francês Emmanuel Macron nas redes sociais com a seguinte mensagem: "A construir uma paz sólida para a Ucrânia e a Europa."
Reino Unido garante que EUA não se estão a afastar da NATO
John Healey, secretário da Defesa do Reino Unido, garantiu hoje que, ao contrário de alguma especulação que tem circulado, os Estados Unidos não estão a afastar-se na NATO.
"A América não está a afastar-se da NATO”, garantiu, acrescentando que "não há dúvida" em relação a isso.
Macron falou com Trump antes do início da cimeira de Paris
A imprensa francesa revela que Emmanuel Macron falou com o presidente norte-americano Donald Trump antes do início da cimeira de Paris.
A notícia foi avançada pelo jornal Le Monde e a estação de televisão France24 que citam fontes do Palácio do Eliseu que revelam que a conversa teve lugar na noite de ontem, via telefone.
Os Estados Unidos não estão presentes na cimeira de líderes em Paris.
Moscovo acusa Kiev de novos ataques contra alvos energéticos
A Rússia acusou a Ucrânia de ter realizado ataques contra três instalações energéticas russas na quarta-feira e hoje, alegando que Kiev não estava a respeitar um acordo de tréguas limitado a estas infraestruturas.
"Apesar das declarações do regime de Kiev sobre uma alegada cessação dos ataques contra instalações energéticas russas, as forças armadas ucranianas continuaram a realizar ataques contra infraestruturas energéticas nas últimas 24 horas", afirmou o Ministério da Defesa.
Segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP, dois ataques tiveram como alvo a região de Bryansk e um a Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
O comunicado russo contraria uma informação dada hoje por um alto funcionário ucraniano à AFP, segundo o qual não se registaram ataques de um lado e do outro contra alvos energéticos desde terça-feira.
"Desde 25 de março, não assistimos a nenhum ataque direto da Rússia contra o setor da energia, por isso não atacámos" na Rússia, disse a fonte, na condição de não ser identificada.
Zelensky pede à Europa para mostrar que sabe defender-se
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky desafiou hoje a Europa a provar que pode defender-se, no início da cimeira dos aliados de Kiev, reunidos em Paris, na ausência dos Estados Unidos, para discutir garantias de segurança e possível acordo de paz.
"A Europa pode defender-se. Precisamos de prová-lo", escreveu Zelensky nas redes sociais, acompanhando a sua mensagem com uma fotografia de família dos líderes presentes em Paris.
Cerca de 30 países -- a chamada "coligação dos dispostos" - iniciaram hoje, em Paris, as discussões finais sobre "garantias de segurança" para a Ucrânia, incluindo uma possível mobilização militar europeia, como parte de um futuro acordo de paz com a Rússia.
O presidente francês Emmanuel Macron convocou os líderes de quase 30 países aliados da Ucrânia a Paris para uma nova cimeira que visa finalizar as garantias de segurança a fornecer a Kiev no caso de um acordo de paz com a Rússia.
"Este é um momento histórico. É sobre como a geração atual de líderes europeus moldará o sistema de segurança do nosso continente nas próximas décadas. É exatamente nisso que estamos a trabalhar — a defesa contra a agressão russa, estabelecer uma paz sustentável e construir garantias de segurança confiáveis para a nossa Europa", escreveu o líder ucraniano.