Vietname marca 50 anos do fim da guerra: "uma vitória da fé" e "da justiça sobre a tirania"
O Vietname assinalou esta quarta-feira com um grande desfile militar os 50 anos da queda de Saigão, que marcou o fim da guerra entre o Norte comunista e o Sul apoiado pelos EUA e a Reunificação do país.
"Foi uma vitória da fé" e também da "justiça sobre a tirania", disse o secretário-geral do Partido Comunista do Vietname e principal líder do país, To Lam.
“Todos os vietnamitas são descendentes do Vietname. Têm o direito de viver e de trabalhar, de ter a liberdade de procurar a felicidade e o amor neste país”, afirmou To Lam.
“Com o espírito de encerrar o passado, respeitar as diferenças e visar o futuro, todo o partido, o povo e o exército prometem fazer do Vietname um país de paz, unidade, prosperidade e desenvolvimento”, acrescentou.
A queda de Saigão, a 30 de abril de 1975, cerca de dois anos depois de os EUA terem retirado as suas tropas do país, marcou o fim de uma guerra que durou quase 20 anos e matou cerca de três milhões de vietnamitas e quase 60 mil norte-americanos (muitos deles jovens soldados recrutados para o exército).
Uma das imagens mais icónicas desse dia é dos helicópteros norte-americanos a retirar cerca de sete mil pessoas, a maioria vietnamitas, do telhado da embaixada dos EUA, à medida que os tanques do Norte se aproximavam. O último helicóptero descolou às 7h53, levando os últimos marines.
Os vietnamitas assinalam nesta data o Dia da Reunificação entre Norte e Sul com um grande desfile militar na cidade de Ho Chin Minh, a antiga Saigão que foi rebatizada em nome do líder revolucionário que declarou a independência em 1945 e liderou o Norte até à sua morte, em 1969.
Milhares de pessoas assistiram ao desfile.
"O Vietname é um, o povo vietnamita é um. Os rios podem secar, as montanhas podem sofrer erosão, mas esta verdade nunca mudará", disse To Lam, citando um dos lemas de Ho Chi Minh.