Ursula von der Leyen e António Costa vão estar esta quarta-feira, 23 de julho, em Tóquio para uma Cimeira União Europeia-Japão com o primeiro-ministro nipónico, Shigeru Ishiba, acabado de ver o seu partido sofrer uma derrota eleitoral. No dia seguinte, os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu seguem para Pequim, onde terá lugar a Cimeira UE-China. Na semana passada, Bruxelas recordou que “o Japão é o parceiro estratégico mais próximo da UE na região Indo-Pacífico”, revelando que nesta cimeira pretendem lançar uma aliança de competitividade e discutir como fortalecer as relações em termos de segurança e defesa - UE e Japão assinaram uma parceria nestas áreas em novembro. De acordo com o jornal Nikkei, Bruxelas e Tóquio vão ainda vão debater a criação de parcerias público-privadas conjuntas para tentar reduzir a sua dependência da China em áreas como as terras raras.Segue-se a Cimeira UE-China, que será co-presidida pelo primeiro-ministro Li Qiang, tendo sido esta segunda-feira, 21 de julho, confirmado um encontro com o presidente Xi Jinping. As expectativas quanto aos resultados em Pequim são mais baixas, com Costa a referir que “esta é uma oportunidade para dialogar com a China ao mais alto nível e ter discussões francas e construtivas sobre questões que interessam a ambos. Queremos diálogo, envolvimento real e progresso concreto. Procuramos um relacionamento justo e equilibrado que traga benefícios para ambas as partes.”A diplomacia chinesa sublinhou que esta cimeira realiza-se num momento crucial para a relação entre as duas partes. “A China sempre acreditou que, após 50 anos de desenvolvimento, as relações China-UE podem lidar com as dificuldades e os desafios em constante mudança”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Guo Jiakun.Na perspetiva de Bruxelas, o foco da cimeira será o estado das relações bilaterais e os desafios geopolíticos globais, incluindo a guerra na Ucrânia. “Os líderes irão discutir formas de garantir uma relação comercial mais equilibrada, recíproca e mutuamente benéfica, bem como áreas de interesse comum, como as alterações climáticas, a biodiversidade e o avanço da transição verde”, refere um briefing feito pela União Europeia. .UE recusa diálogo económico com China antes de cimeira devido a impasse comercial