Trump promete "idade de ouro" para a América: "O futuro é nosso"
EPA/Bonnie Cash

Trump promete "idade de ouro" para a América: "O futuro é nosso"

Donald Trump tomou esta segunda-feira posse como 47.º presidente dos Estados Unidos. A cerimónia realizou-se no Capitólio, em Washington.

Presidente do México exige respeito aos EUA

“Como vizinhos e parceiros de negócios, o diálogo, o respeito e a cooperação serão sempre o símbolo do nosso relacionamento”, escreve Claudia Sheinbaum, na rede social X, após a tomada de posse de Donald Trump, que prometeu esta segunda-feira expulsar "milhões" imigrantes.

Chanceler alemão e primeiro-ministro britânico saúdam Trump e lembram relação "especial" com "aliado" EUA

Continuam a surgir mesagens de felicitações a Donald Trump, na sequência da cerimónia de tomada de posse, decorrida no Capitólia, em Washington.

As mais recentes chegam de Berlim e Londres.

Olaf Schölz, chanceler da Alemanha, usou a rede social X para dar os parabéns a Trump. E aproveitou a ocasião para lembrar que os EUA são o "aliado mais próximo" dos germânicos.

“O objetivo da nossa política é sempre um bom relacionamento transatlântico. A UE, com 27 membros e mais de 400 milhões de pessoas, é uma união forte”, escreve Scholz.

Já Keir Stramer, primeiro-ministro britânico, fala em "relacionamento especial entre o Reino Unido e os EUA" que, garante o político, "continuará a florescer nos próximos anos”.

ONU quer que EUA se mantenham como líderes em questões ambientais

O secretário-geral da ONU defende que os Estados Unidos devem continuar a ser "um líder em questões ambientais", após o anúncio do novo presidente norte-americano, Donald Trump, de abandono dos acordos climáticos de Paris.

Em declaração divulgada depois da notícia dos planos para a segunda retirada dos EUA do Acordo de Paris, o português António Guterres encorajou "as cidades, Estados e empresas dos EUA" a continuarem a "demonstrar visão e liderança", trabalhando para uma economia de baixo carbono.

O apelo soou a uma invocação aos setores abaixo do governo federal, incluindo o setor privado, para se dissociarem da retirada de Trump dos compromissos que a grande maioria dos países subscreve para evitar um aumento das temperaturas no final do século superior a 2 graus Celsius e mantê-lo em 1,5 graus em relação aos níveis pré-industriais.

Sem criticar diretamente Trump, Guterres aproveitou a sua mensagem para lhe recordar o caráter universal e, em alguns casos, irreversível dos acordos climáticos, pactos que se tornaram uma preocupação central do mandato do português.

"As mudanças previstas nos Acordos de Paris já estão em curso. Desencadearam uma revolução energética, oferecendo oportunidades sem paralelo para os países e as empresas investirem em energias renováveis e trazerem emprego e prosperidade para o século XXI", defendeu.

O dirigente da ONU argumentou ainda que os líderes "devem aproveitar estas oportunidades nesta década crítica".

Os Estados Unidos já abandonaram o Acordo de Paris sobre o Clima no primeiro mandato, efetivando a saída três anos após o seu anúncio, em 2020. Um ano após a retirada, Biden reintegrou os Estados Unidos no acordo.

No seu discurso de tomada de posse de hoje Trump anunciou que iria declarar uma emergência energética nacional e que iria "perfurar, perfurar, perfurar", ou seja, regressar aos combustíveis fósseis responsáveis pelo aquecimento global.

Trump prometeu que os EUA voltariam a ser uma "nação manufatureira" e que produziriam "a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país do mundo".

"Vamos baixar os preços, vamos encher as nossas reservas estratégicas até à borda e vamos exportar a energia americana para todo o mundo. Voltaremos a ser uma nação rica", afirmou.

Também prometeu eliminar os subsídios que Joe Biden instituiu para a compra de veículos elétricos.

Além do abandono do Acordo de Paris, a Casa Branca também anunciou hoje outras medidas, como a declaração de uma emergência energética para impulsionar a extração de petróleo no país, a eliminação dos subsídios que Joe Biden estabeleceu para a compra de veículos elétricos ou o fim dos arrendamentos de grandes parques eólicos.

Presidente do Panamá rejeita intenções de Trump sobre canal do Panamá

O Presidente do Panamá, José Raúl Mulino, reitera que o Canal do Panamá "pertence e continuará a pertencer ao Panamá", em resposta às declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, que prometeu esta segunda-feira retomar o seu controlo.

"Em nome da República do Panamá e do seu povo, devo rejeitar de forma abrangente as palavras proferidas pelo Presidente Donald Trump relativamente ao Panamá e ao seu Canal no seu discurso de tomada de posse. Reitero o que disse na minha mensagem à nação a 22 de dezembro: o Canal é e continuará a ser do Panamá", reitera o Presidente panamiano em comunicado.

Trump voltou a afirmar, no seu discurso de tomada de posse, que "retomará" o Canal do Panamá, justificando que a sua decisão se deve à alegada presença chinesa no canal.

"A China opera o Canal do Panamá, e nós não o demos à China, demos ao Panamá. E vamos tomá-lo de volta", justificou Trump no seu discurso realizado no Capitólio (sede do Congresso norte-americano), em Washington.

No mesmo discurso, o novo Presidente norte-americano voltou também a criticar as elevadas taxas pagas pelos navios norte-americanos para atravessar a via interoceânica.

O Presidente panamiano, contudo, garante que "não existe a presença de qualquer nação no mundo que interfira com a administração" do país latino-americano.

"O Canal não foi uma concessão de ninguém. Foi o resultado de lutas geracionais que culminaram em 1999, como resultado do tratado Torrijos-Carter", frisou.

"E, desde então até hoje, durante 25 anos, ininterruptamente, gerimo-lo e expandimo-lo de forma responsável para servir o mundo e o seu comércio, incluindo os Estados Unidos", acrescenta Mulino no mesmo comunicado.

Mulino sublinhou ainda que o seu Governo exercerá "o direito, a dignidade e a força que o direito internacional dá" como forma ideal de gerir as relações entre países. "Sobretudo, entre países aliados e amigos, como demonstra a história e a nossa atuação em relação aos EUA", frisa.

O Canal do Panamá foi construído pelos Estados Unidos, inaugurado em 1914 e administrado pelo Governo norte-americano até à sua transferência total para o Estado panamiano, em 31 de dezembro de 1999, pelos Tratados Torrijos-Carter, assinados pelo líder panamiano Omar Torrijos e pelo então Presidente norte-americano Jimmy Carter.

Desde dezembro, Donald Trump tem acusado a administração do Canal de impor taxas excessivas aos navios norte-americanos e de permitir um alegado controlo chinês da via navegável, alegações que foram prontamente negadas pelas autoridades panamianas.

As sucessivas declarações de Trump sobre a "retoma" do Canal do Panamá provocaram um repúdio generalizado no país centro-americano, sobretudo junto do Governo panamiano, que as considerou "incompreensíveis".

Um grupo de sindicatos protestou, também hoje, contra as declarações de Trump em frente à residência do embaixador dos EUA no Panamá, ateando fogo a bandeiras norte-americanas.

Marcelo Rebelo de Sousa espera reforço de relações transatlânticas com EUA

O Presidente da República português divulgou uma nota sobre a tomada de posse de Donald Trump, esta segunda-feira.

"Portugal tem uma longa e profícua relação com os EUA, que continuará a cultivar no interesse dos dois povos, incluindo da extensa comunidade de portugueses e lusodescendentes naquele país e do crescente número de norte-americanos no nosso país", refere Marcelo, citado na nota divulgada.

"O reforço da relação transatlântica continuará a ser um objetivo comum e uma prioridade para Portugal", lê-se.

Trump reativa conta no X e Musk, o dono da rede social, fala em "regresso do rei"

"O regresso do Rei", escreve Musk, que esteve presente na tomada de posse de Donald Trump como 47.º presidente dos EUA, esta segunda-feira.

António Costa, agora como presidente do Conselho Europeu,  e Ursula von der Leyen desejam "todo o sucesso" a Trump

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, deseja "todo o sucesso" ao Presidente dos Estados Unido, Donald Trump, insistindo que com a União Europeia (UE) é possível alcançar uma "segurança comum".

"Todo o sucesso para Donald Trump enquanto 47.º Presidente dos EUA", escreveu António Costa na rede social X.

O presidente do Conselho Europeu acrescentou que a UE "está desejosa de trabalhar em conjunto" com Washington para "debelar os desafios globais".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desejou "todo o sucesso" ao republicano que venceu as eleições presidenciais de novembro, numa mensagem exatamente igual à escrita por António Costa.

Zelensky felicita Trump

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, felicitou Donald Trump, dizendo esperar que o novo Presidente norte-americano ajude a alcançar uma "paz justa e duradoura" no conflito na Ucrânia.

"O Presidente Trump é sempre decisivo, e a política de paz através da força que anunciou oferece a oportunidade de reforçar a liderança americana e alcançar uma paz justa e duradoura, que é a principal prioridade", disse o líder ucraniano numa mensagem na rede social X, momentos após a tomada de posse do líder republicano como 47.º Presidente dos Estados Unidos.

"Trabalhemos juntos para garantir que este seja um grande e bem-sucedido século para as democracias e não para aqueles que querem que falhemos".

Netanyahu parabeniza Trump

Desde que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi alcançado que Donald Trump tem procurado capitalizar o entendimento a seu favor. A administração Biden chegou a afirmar que o acordo não teve dedo de Trump, mas facto é que desde que fora eleito, Trump tinha um enviado especial, Steve Witkoff, envolvido nas negociações.

Não será por isso estranho que um dos primeiros líderes mundiais a saudar Trump, pela tomada de posse, seja Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

“A Sara e eu desejamos o melhor para si, para a Melânia e para o povo americano na sua segunda tomada de posse como presidente dos EUA", declara Netanyahu em vídeo.

“Estou confiante de que vamos derrotar o eixo de terror do Irão e entrar numa nova era de paz e prosperidade para a nossa região.”

Casa Branca faz primeiro anúncio sob nova administração: "A América está de regresso"

Após o discurso de tomada de posse de Donald Trump, o site da Casa Branca foi renovado e surge com um vídeo do 47.º presidente dos EUA e uma mensagem bastante explícita: "A América está de regresso."

Trump conclui discurso. "Somos americanos, o futuro é nosso"

“O meu legado, que me dá orgulho, é o de pacificador e unificador”, afirma Trump, destacando o acordo que levou ao cessar-fogo em Gaza e recordando William McKinley, 25.º presidente dos EUA, responsável por um período de prosperidade económica e pelo ínicio de um domínio político de 30 anos do Partido Repúblicano no país, em meados do século XX

Promete que "o Golfo do México passará a ser o Golfo da América” e diz que irá recuperar o controlo do Canal do Panamá para os EUA.

É após aquelas promessas que conclui o discurso: "Vamos viver orgulhosamente, vamos sonhar corajosamente e nada ficará no nosso caminho, porque somos americanos. O futuro é nosso e a nossa era de ouro acabou começar”.

Seguem-se momentos protocolares, incluindo uma atuação de Carrie Underwood, e invocações religiosas do rabino Ari Berman e dos pastores Lorenzo Sewel e Frank Mann.

O hino nacional é cantado por Cristopher Macchio.

Donald Trump responde, posteriormente, às questões dos diferentes jornalistas.

Promete baixar preços, retirar o país do Acordo de Paris e a chegada do Homem a Marte

Considerações iniciais feitas, Trump começa a fazer promessas.

A primeira visa a declação de "emergência nacional" na fronteira com o México.

"Todas as entradas ilegais serão imediatamente bloqueadas e iniciaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos para onde vieram", afirma.

Afirma querer "repelir" uma "invasão".

Promete declarar guerra aos cartéis de droga mexicanos, classificando-os como “organizações terroristas”, bem como eliminar "gangues criminosos" nos EUA.

No plano da economia, assevera que vai enfrentar "a crise da inflação, causada por gastos excessivos e pelos preços da energia".

"Vou declarar uma emergência energética hoje. Vamos escavar, baby, escavar”, prossegue. "A América vai voltar a ser uma potência industrial outra vez”, referindo que o país tem "mais petróleo do que qualquer outro" e que vai "usá-lo".

“Vamos baixar os preços [da energia], encher outra vez as nossas reservas até ao topo e exportar".

Dando a entender que os EUA têm uma economia pobre, o que não é verdade, afirma: "Vamos ser novamente um país rico e é o ouro líquido debaixo dos nossos pés que vai fazer isso".

Promete o fim do green deal, o que desincentivará a aposta em veículos elétricos, e retirar o país, tal como fez em 2017, do Acordo de Paris.

"O Presidente Trump vai retirar-se do Acordo de Paris sobre o Clima", lê-se num comunicado da Casa Branca (presidência), divulgado pouco depois do discurso do presidentee.

Durante a sua administração, Joe Biden voltou a incluir os Estados Unidos no Acordo de Paris. Ora, o político republicano pretende reverter uma série de medidas climáticas tomadas pelo seu antecessor, que serviram para promover a transição energética e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa dos Estados Unidos, o segundo maior poluidor do mundo a seguir à China.

Ainda a discursar, o 47.º presidente dos EUA promete: “Os nossos astronautas vão plantar as estrelas e as riscas [da bandeira dos EUA] em Marte”.

“Acredito que a minha vida foi salva por uma razão"

Falando como se os país que chefia a partir desta segunda-feira fosse um Estado frágil no panorama mundial, Trump afirma que os "serviços básicos" não funcionam. Menciona que "algumas das pessoas mais poderosas e ricas do país", presentes no Capitólio, "não têm casa" e que o sistema de saúde norte-americana é "o mais caro do mundo", com um sistema de ensino que "educa para odiar o país".

“Tudo isto irá mudar a partir de hoje, e vai mudar muito rápido. O declínio da América acabou”, promete.

Realça que tentaram "tirar a liberdade e a vida", referindo-se ao atentado de Butler, durante a campanha presidencial. “Acredito que a minha vida foi salva por uma razão. Deus salvou-me."

"Sobrevivi para tornar a América grande outra vez”, afirma.

“O dia 20 de janeiro vai ser o dia da libertação”, diz.

"Vamos ser a inveja de toda a gente"

Donald Trump discursa agora no Capitólio, após a ser empossado 47.º presidente dos EUA.

Agradece a J.D. Vance e a Mike Johnson, presidente da Câmara dos Representantes, eleito pelo Partido Repúblicano, mas também aos juízes do Supremo Tribunal de Justiça, presentes na sala, e aos anteriores presidentes norte-americanos.

“A idade de ouro da América começa agora”, afirma Trump no discurso inaugural do novo mandato. Assumindo um tom sério, mas falando como se os EUA fossem um país ostracizado pelos restantes Estados, declara: “Vamos ser a inveja de toda a gente e não vamos permitir mais que se aproveitem de nós."

“A nossa soberania vai ser reposta", prossegue, prometendo atacar "a elite corrupta e radical".

"Regresso à presidência com confiança e otimista", acrescenta, argumentando que o país enfrenta "uma crise de confiança", apontando o dedo a Joe Biden, a quem sucede. "Temos um governo que não consegue gerir uma crise e que tropeça em desafios externos."

Montenegro saúda Trump

O primeiro-ministro português congratula Donald Trump pela tomada de posse, com uma mensagem partilhada na rede social X (antigo Twitter).

"Parabéns, Presidente Donald Trump pela tomada de posse como o 47.º Presidente dos Estados Unidos da América! Como amigos, parceiros e aliados, Portugal e os Estados Unidos partilham valores e interesses sólidos", escreve Luís Montenegro.

Donald Trump faz juramento e torna-se novamente presidente dos EUA

Após J.D. Vance, Donald Trump toma o lugar central e faz o juramento como presidente dos Estados Unidos.

“Irei, na melhor das minhas capacidades, preservar, proteger e defender a Constituição”, afirma Trump, com a mão direita levantada e a mão esquerda sobre a Bíblia.

É o 47.º presidente dos EUA.

Donald Trump inicia a partir desta segunda-feira um segundo mandato na presidência dos Estados Unidos, após a sua liderança na Casa Branca entre 2017 e 2021, ano em que perdeu a reeleição para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.

EPA/Saul Loeb/Pool

J.D. Vance faz o juramento e é empossado vice-presidente dos EUA

Antes de Trump fazer o juramento, J.D. Vance é empossado vice-presidente dos EUA. Brett Kavanaugh, juíz do Supremo Tribunal, conduz o momento. J.D. Vance a jura proteger a Constituição dos EUA, com a mão direita levantada e a mão esquerda sob a bíblia.

“Juro solenemente que vou apoiar e defender a Constituição dos EUA contra todos os inimigos, externos e domésticos”, declara.

J.D. Vance será a segunda figura dos EUA. Foi com ele que Trump formou equipa para ser o candidato presidencial pelo Partido Republicano, derrotando nas eleições de 5 de novembro de 2024 a candidatura de Kamala Harris.

JULIA DEMAREE NIKHINSON / POOL

De atuais a antigos Chefes de Estado a 'youtubers'. Quem está na tomada de posse de Trump?

Todos os ex-presidentes presentes na tomada de posse. Destacam-se também as presenças de Zuckerberg, Bezos e Musk

Está quase a arrancar a cerimónia de tomada de posse. No Capitólio encontram-se Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, todos ex-presidentes dos EUA. Também todos os juízes do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA estão presentes. São nove.

Além dos antigos presidentes e dos juízes do Supremo, destacam-se as presenças de Elon Musk, dono da Tesla, Space X e da rede social X (antigo Twitter); de Mark Zuckerberg, dono da Meta, que controla as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp; de Jeff Bezos, dono da Amazon; e de Sundar Pichai, presidente executivo da Google.

É a primeira vez que os líderes das empresas tecnológicas mais mediáticas da atualidade marcam presença numa tomada de posse presidencial.

Na foto, da esquerda para a direita, estão: Mark Zuckerberg, Jeff Bezzos, Sundar Pichai e Elon Musk.
Na foto, da esquerda para a direita, estão: Mark Zuckerberg, Jeff Bezzos, Sundar Pichai e Elon Musk.JULIA DEMAREE NIKHINSON / POOL

Presidentes entram lado a lado no Capitólio

Joe Biden e Donald Trump entraram lado a lado no Capitólio, onde vão decorrer as cerimónias de tomada de posse.

No local já estão todos os convidados.

Trump e Biden a caminho do Capitólio para a cerimónia de posse

Depois de tomarem chá, que marcou a despedida do casal Biden da Casa Branca, os dois casais presidenciais rumaram ao Capitólio para a cerimónia da tomada de posse.

JD Vance será primeiro empossado como vice-presidente, sendo depois a vez de Donald Trump prestar juramento.

Pedro Nuno Santos preocupado com as deportações defendidas por Trump

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, assumiu hoje que não pode ser aceite que os portugueses sejam maltratados nos Estados Unidos, tendo em conta as políticas de imigração do novo presidente norte-americano, Donald Trump.

“Há uma grande incerteza sobre o que é que significa esta nova administração nos Estados Unidos da América e, portanto, do ponto de vista do risco de deportações, pelo menos do que diz respeito à oratória, à retórica do presidente dos EUA, obviamente que nós temos que estar preocupados e alerta e perceber qual é o risco”, disse o líder dos socialistas numa visita a uma fábrica têxtil em Barcelos.

“Nós não aceitamos de ânimo leve que os portugueses sejam maltratados ou deportados”, garantiu.

Putin pretende retomar contactos diretos com futuro Presidente dos EUA

O Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou hoje Donald Trump pela sua iminente tomada de posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), manifestando a sua vontade de retomar "contactos diretos" com a Casa Branca.

"Ouvimos as suas declarações sobre a necessidade de fazer tudo o que for possível para evitar uma terceira guerra mundial. Evidentemente, saudamos esse espírito e felicitamos o Presidente eleito dos Estados Unidos pela sua tomada de posse", declarou, durante uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da Rússia dedicada exclusivamente às relações com Washington, cujo início foi transmitido pela televisão estatal.

Putin afirmou que a vitória de Trump nas eleições presidenciais de novembro passado foi "convincente" e que demonstrou "coragem" durante a campanha, que considerou não ter sido fácil para o candidato republicano e para a sua família porque incluiu "uma tentativa de assassinato".

Sublinhou ainda que Moscovo tomou nota das declarações de Trump e da sua equipa "sobre o desejo de retomar os contactos diretos com a Rússia", atribuindo a responsabilidade da interrupção de conversações à "administração cessante" do democrata Joe Biden.

"Nunca recusámos o diálogo, sempre estivemos prontos a manter relações harmoniosas e de cooperação com qualquer administração americana", disse Putin, exigindo um "respeito mútuo".

"Partimos do princípio de que o diálogo deve basear-se na igualdade e no respeito mútuo, tendo em conta o papel significativo desempenhado pelos nossos países numa série de questões fundamentais da agenda global, incluindo o reforço da estabilidade e da segurança estratégica", insistiu.

Em particular, sublinhou que Moscovo está "aberto" ao diálogo com a nova administração dos EUA sobre a resolução do conflito ucraniano.

"O mais importante aqui é erradicar as causas profundas da crise", disse, aludindo à aproximação da infraestrutura militar da NATO às fronteiras da Rússia.

Além disso, o chefe de Estado russo sublinhou que o objetivo da resolução do conflito na Ucrânia "não deve ser uma trégua curta, nem uma pausa para reagrupar ou rearmar para continuar o conflito, mas uma paz duradoura com base no respeito pelos interesses legítimos de todas as pessoas, de todos os povos que vivem nesta região".

Putin acrescentou que, aconteça o que acontecer, a Rússia continuará a lutar pelos interesses do seu povo no que diz respeito à "operação militar especial", como se refere à invasão da Ucrânia, que lançou em fevereiro de 2022.

Durante a reunião, o chefe do Kremlin (presidência russa) ouviu o relatório do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, sobre as relações com os Estados Unidos.

O Kremlin espera que o próprio Trump tome a iniciativa de telefonar ao seu homólogo russo.

"Não quero dar a impressão de que Moscovo está de braços cruzados à espera de um telefonema de Washington. Não, estamos calmamente à espera quando a equipa de Trump tomar posse e ele entrar na Sala Oval. Depois disso, veremos", disse Yuri Ushakov, conselheiro presidencial para os assuntos internacionais, há alguns dias.

Lusa

Donald Trump já está na Casa Branca

Donald e Melania Trump já estão na Casa Branca, onde foram recebidos por Joe e Jill Biden, que lhe dirigiram um "Bem-vindos a casa".

Os dois casais vão agora tomar chá, antes da cerimónia de posse.

Muro com o México e reconhecimento de género entre as onze medidas que Trump vai assinar

A cadeia de televisão americana Fox News revelou algumas medidas que Donald Trump vai decretar assim que tomar posse. Uma delas é retomar as obras de construção do muro na fronteira entre os EUA e o México e, ao mesmo tempo, enviar tropas para aquela região e decretar como terroristas globais os cartéis de droga.

Ao todo serão 11 medidas que o novo presidente vai assinar, sendo uma delas, segundo a Associated Press, o reconhecimento federal de apenas dois géneros: masculino e feminino.

Esta é uma decisão que poderá limitar, por exemplo, o acesso de pessoas transgénero aos cuidados médicos.

A agência Reuters já avançou com as onze ordens executivas que o novo presidente se prepara para assinar:

- Ordenar ao exército que dê prioridade às fronteiras dos EUA e à sua integridade territorial;

- Terminar com a política do “catch and release” (capturados e libertados) e manter os migrantes nos centros de detenção enquanto aguardam por decisão do tribunal;

- Acabar com o certificado de cidadania por nascimento;

- Acabar com os asilos e fechar a fronteira para os imigrantes que entrem ilegalmente;

- Restaurar a política “permaneçam no México” e reconstruir o muro;

- Decretar 10 ordens executivas a declarar emergência energética nacional;

- Memorando sobre inflação que dá mais poder ao governo;

- Reconhecimento de apenas dois géneros: masculino e feminino;

- Assegurar que os documentos oficiais refletem essa medida;

- Implementar o Departamento da Eficiência Energética, liderado por Elon Musk;

- Restaurar a pena de morte em todo o país em casos de ameaça à segurança pública.

Biden despede-se da Casa Branca com selfie nas redes sociais

Joe Biden partilhou na rede social X "mais uma selfie para o caminho" antes de deixar a Casa Branca.

Ao lado da mulher Jill Biden, o presidente cessante aguarda agora a chegada do seu sucessor Donald Trump e a mulher Melania para um chã que antecede a cerimónia de tomada de posse.

Donald Trump já está na Igreja de St. John

Donald Trump chegou à igreja de St. John acompanhado pela primeira dama Melania. O casal vai participar na cerimónia religiosa, onde estão ainda a família mais próxima do presidente eleito e do vice-presidente JD Vance.

Bitcoin toca máximo e supera 109 mil dólares antes de tomada de posse

A bitcoin bateu hoje um nível recorde, ao ultrapassar os 109.000 dólares, horas antes da tomada de posse de Donald Trump, que promete políticas favoráveis ao setor e lançou a sua própria moeda digital no fim de semana.

A principal moeda digital por capitalização subiu subitamente por volta das 06:30 em Lisboa, atingindo um máximo de 109.241,14 dólares.

Estava a ser negociada a 106.255,36 dólares por volta das 12:40 em Lisboa.

Na busca de credibilidade, a bitcoin está agora a ser negociada a níveis muito distantes das imaginadas há 16 anos, quando foi criada, e muito acima do valor em 05 de novembro do ano passado, dia das eleições presidenciais nos EUA, quando rondava os 69.000 dólares.

Mas para este mercado, o regresso de Donald Trump à Casa Branca, sobretudo com Elon Musk ao seu lado, é visto como uma dádiva.

Depois de ter descrito as criptomoedas como uma fraude durante o seu primeiro mandato, o futuro presidente mudou de tom durante a sua segunda campanha - que foi parcialmente financiada pelo setor.

O republicano, que deverá hoje tomar posse como presidente pela segunda vez, lançou a sua própria moeda digital na sexta-feira à noite, com um sucesso estrondoso: negociada a cerca de sete dólares pouco depois de ter sido lançada, os 200 milhões de 'tokens' "Trump" subiram para cerca de 75 dólares cada, antes de rondarem hoje 54 dólares.

Os especuladores interpretaram o lançamento "como um sinal de que a promessa de Trump de fazer dos Estados Unidos a capital mundial da bitcoin" e das criptomoedas "será cumprida". Os especuladores correram imediatamente para a bitcoin, "receando não beneficiar desta onda de euforia", disse Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown, citada pela AFP.

O futuro Chefe de Estado apresentou a sua nova moeda como uma "memecoin", uma criptomoeda sem utilidade económica ou transacional, que aproveita um fenómeno viral na Internet - e frequentemente identificada como um ativo puramente especulativo.

Antes da criação desta moeda digital, empresários ligados a Donald Trump lançaram, em meados de outubro, uma plataforma de criptomoedas chamada World Liberty Financial.

No domingo, a futura primeira-dama, Melania Trump, também lançou a sua própria criptomoeda, chamada Melania.

No início de dezembro, o republicano assumiu o mérito de a bitcoin ter ultrapassado a barreira simbólica dos 100.000 dólares e comentou na sua rede social Truth "VALEU A PENA!".

O preço da bitcoin já tinha sido impulsionado no final da semana passada após a Bloomberg noticiar que o Presidente eleito planeava emitir uma ordem executiva elevando a criptomoeda ao estatuto de prioridade política e dando aos intervenientes no setor uma voz dentro da sua administração.

O artigo refere ainda que está a ser considerada a criação de uma reserva estratégica nacional de bitcoin, que englobaria as atuais participações do Governo na criptomoeda.

Este projeto "poderia acelerar a adoção institucional" da bitcoin, sublinha John Plassard, especialista da Mirabaud, entrevistado pela AFP.

"No entanto, desafios como a volatilidade" dos preços, que flutuam muito, desafios da "cibersegurança e a falta de um quadro económico comprovado para a sua integração ainda impedem uma generalização total", sublinha.

Lusa

Trump esperado na tradicional cerimónia religiosa na igreja de St. John

É esperada a qualquer momento a presença de Donald Trump na histórica igreja St. John, em Washington, também conhecida conhecida como "A Igreja dos Presidentes"

Trata-se de uma tradição que tem 92 anos e que é o primeiro evento do presidente no dia da sua posse.

Depois disso, Trump seguirá para a Casa Branca, onde vai tomar chá com Joe Biden.

Vice-presidente chinês reuniu-se com Vance em Washington

Han Zheng e J. D. Vance, respetivamente vice-presidentes da China e dos EUA, reuniram-se no domingo em Washington, num encontro em que estiveram ainda presentes vários empresários norte-americanos, entre os quais Elon Musk.

Foram discutidos temas como o fentanil, o equilíbrio no comércio e a estabilidade regional, segundo a equipa de transição de Trump.

Han admitiu "alguns desacordos e fricções" entre os dois países, mas reforçou que existem "amplos interesses comuns e o enorme espaço de cooperação" económica e comercial.

Trump promete "idade de ouro" para a América: "O futuro é nosso"
O dia em que Trump admite que será "ditador"

Biden concede indultos a funcionários públicos para ficarem a salvo de Trump

Joe Biden aproveitou as últimas horas como presidente dos Estados Unidos para conceder perdão a alguns funcionários públicos, para que fiquem protegidos de eventuais ações de Donald Trump.

Na prática, diz Biden os que receberam indultos foram “sujeitos a ameaças e intimidações contínuas por cumprirem fielmente os seus deveres”, em alguns casos estavam ameaçados com processos criminais.

Entre eles estão os que contrariaram Trump, incluindo os que tentaram responsabilizá-lo pela tentativa de anular a derrota nas eleições de 2020 e pelo seu papel nos distúrbios no Capitólio.

“Investigações infundadas e com motivação política causam estragos na vida, na segurança e na segurança financeira dos indivíduos visados ​​e de suas famílias”, justificou Joe Biden, acrescentando que a concessão de indultos “não deve ser confundida com um reconhecimento de que qualquer indivíduo se envolveu em qualquer delito”.

“A nossa nação tem uma dívida de gratidão com estes funcionários públicos pelo seu compromisso incansável com o nosso país”, acrescentou.

Entre os que funcionários indultados está o Anthony Fauci, que ajudou a coordenar a resposta dos EUA à pandemia de covid-19, mas despertou a ira de Trump quando se recusou a apoiar as suas teorias sobre o vírus. “Os Estados Unidos estão mais seguros e saudáveis ​​por causa de Fauci”, frisou Biden.

Irão espera que presidente eleito adote "postura realista" em relação a Teerão

O Presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, afirmou ter esperança de que a nova administração norte-americana, liderada por Donald Trump, adote uma "postura realista" em relação a Teerão.

Ao mesmo tempo, o chefe de Estado iraniano, segundo um seu porta-voz, referiu que o Presidente cessante, Joe Biden, durante os quatro anos em que esteve à frente da Casa Branca, manteve políticas negativas para a região do Médio Oriente, considerando-as como "um dos piores desempenhos nos últimos 60 anos".

"Esperamos que a posição dos Estados Unidos se baseie no realismo, no direito internacional e nos desejos do povo iraniano", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, que afirmou que esta é uma "posição consistente" por parte de Teerão.

O porta-voz também criticou o facto de "os últimos 16 meses terem sido passados a defender um genocídio", em referência à ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza.

"Por acaso, o acordo de cessar-fogo foi alcançado nos últimos dias desta administração", disse, antes de sublinhar que "esta mancha permanecerá nas mentes dos povos da região, especialmente daqueles prejudicados pela agressão do regime [israelita]".

Baqaei, citado pela agência noticiosa iraniana Tasnim, recordou ainda que, a nível bilateral, "os Estados Unidos continuaram as suas ações agressivas" e criticou o facto de terem mantido uma postura "pouco séria" nas conversações destinadas a reavivar o acordo nuclear de 2015, prejudicado pela decisão de Trump de o abandonar unilateralmente em 2018.

A este respeito, afirmou que o Irão "não negociará sobre as suas capacidades defensivas" nas conversações para reavivar o acordo, na sequência dos últimos contactos com os países do 'E3' - França, Reino Unido e Alemanha -, antes de reiterar que agirá "reciprocamente" se o mecanismo redutor (conhecido por 'snapback') para a reimposição de todas as sanções anteriores a 2015 for reativado.

"Não é invulgar que as partes apresentem os seus argumentos, o que não é inédito. No entanto, o que é preciso ter em conta é que o Irão não negociará de forma alguma as suas capacidades defensivas e militares", defendeu, afirmando que a "resposta" de Teerão sobre este ponto "foi clara".

Lusa

Trump promete "idade de ouro" para a América: "O futuro é nosso"
América de Trump traz novas regras para contrariar potências do “eixo do caos”

Papa Francisco envia mensagem com vários apelos a Trump  

O Papa Francisco enviou uma mensagem a Donald Trump, na qual lhe apresentou "cordiais saudações" e revelou que as suas orações se centram "para que Deus Todo-Poderoso lhe conceda sabedoria, força e proteção no exercício dos seus elevados deveres".

"Inspirado pelos ideais de a sua nação de ser uma terra de oportunidades e de boas-vindas para todos, espero que, sob a sua liderança, o povo americano prospere e se esforce para construir uma sociedade mais justa, onde não haja espaço para o ódio, a discriminação ou a exclusão", acrescentou o líder da Igreja Católica, lembrando que a humanidade "enfrenta numerosos desafios, já para não falar do flagelo da guerra".

"Peço a Deus que oriente os vossos esforços na promoção da paz e da reconciliação entre os povos. Com estes sentimentos invoco sobre Vossa Excelência, a sua família e o amado povo americano uma abundância de bênçãos divinas", finalizou.

PS requer audição de José Cesário sobre eventual deportação de portugueses nos EUA

O PS requereu a audição parlamentar do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas sobre a situação da comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos face ao anunciado plano de deportação em massa de Donald Trump, que toma hoje posse.

No requerimento, dirigido ao presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, os socialistas referem que a comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos "está a passar por momentos de grande ansiedade" devido ao anúncio que Trump fez durante a campanha eleitoral de que iria fazer a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos.

Donald Trump, que toma hoje posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos, abriu caminho, durante o primeiro mandato, "à deportação de migrantes em situação irregular, pondo fim ao Programa DACA (Deferred Action for Childwood Arrivals), uma medida de 2012 implementada pelo Presidente Obama, que protegeu da deportação os migrantes que foram para o país em criança e lhes permitiu viver,estudar e trabalhar legalmente nos Estados Unidos", recorda o PS.

Este programa protegia cerca de 800 mil migrantes, entre os quais alguns milhares de portugueses. Dados do Censo 2020 nos Estados Unidos indicam que mais de um milhão e meio de norte-americanos são de origem portuguesa.

"A comunidade portuguesa e lusodescendente é histórica e bastante expressiva no país, em especial nos estados da Califórnia, do Massachussetts, Flórida, Nova Jérsia e Rhode Island", lê-se no requerimento.

Segundo o PS, "entre milhares de portugueses que trabalham, constituíram família e se legalizaram nos Estados Unidos à procura de um futuro melhor, existem outros tantos que, vivendo já no país há muitos anos e pagando impostos, não conseguiram ainda modificar o seu estatuto e encontram-se na situação de imigrante sem documentação, em muitos casos, inclusivamente, em famílias em que alguns membros estão legais com documentos de residência e outros não, porque não os conseguiram obter, podendo, por isso, ser alvo da separação familiar".

A ameaça da deportação e o impacto que a sua concretização poderá ter na comunidade portuguesa "preocupa muito" o PS, que quer saber como o Governo português está a acompanhar esta situação, qual é a situação da comunidade portuguesa nos Estados Unidos e que diálogo tem existido com as autoridades norte-americanas e com as organizações e associações da diáspora portuguesa nos Estados Unidos.

Os socialistas pretendem ainda que o Executivo esclareça "que medidas especiais de apoio ou planos de contingência está o Ministério dos Negócios Estrangeiros a desenvolver no sentido de garantir os interesses da comunidade portuguesa e lusodescendentes residentes nos Estados Unidos".

O PS quer que José Cesário revele aos deputados os planos do Governo português para garantir os interesses dos portugueses residentes nos Estados Unidos.

No decorrer de uma visita ao Canadá, Cesário disse na sexta-feira à agência Lusa, em London, Ontário, que o Governo português não prevê, para já, deportações em massa de portugueses indocumentados nos Estados Unidos, garantindo que a situação está a ser monitorizada com "muita atenção e cautela".

O governante assegurou que existem planos para apoiar os cidadãos portugueses que possam vir a ser afetados, afirmando: "Esta é uma questão que vai ser avaliada de acordo com a evolução dos acontecimentos. Nós temos sempre planos para atender, para acompanhar os portugueses que estão em situações mais débeis, mais frágeis e, portanto, se for caso disso, utilizaremos naturalmente esses mecanismos, utilizaremos esses meios".

Lusa

Trump promete "idade de ouro" para a América: "O futuro é nosso"
Tudo sobre a tomada de posse de Trump. Quem está convidado, quem fica de fora e o programa da cerimónia

Papa alerta para "uma desgraça" se Trump deportar imigrantes

O Papa Francisco criticou os planos de Donald Trump para fazer deportações em massa nos EUA. "Se for verdade, isso será uma vergonha, porque fará com que os pobres coitados que não têm nada paguem a conta deste problema. Será uma desgraça. Essa não é a maneira de resolver as coisas", disse o líder da Igreja Católica.

China disposta a trabalhar com nova administração dos EUA e a reforçar diálogo

A China afirmou hoje que está "disposta a trabalhar" com a nova administração norte-americana para "reforçar o diálogo e a cooperação", poucas horas antes da tomada de posse do republicano Donald Trump como novo Presidente dos Estados Unidos.

"A história do desenvolvimento das relações entre a China e os Estados Unidos diz-nos que se os dois países trabalharem em conjunto, ambas as partes serão beneficiadas, mas se lutarem entre si, ambas serão prejudicadas", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Mao afirmou que a China "sempre acreditou que as relações estáveis, saudáveis e sustentáveis entre a China e os EUA estão de acordo com os interesses comuns dos dois países e com as expectativas da comunidade internacional".

"A China está disposta a trabalhar com a nova administração dos EUA para defender os princípios do respeito mútuo, da coexistência pacífica e da cooperação", acrescentou, sublinhando a importância de as duas potências poderem "reforçar o diálogo e a comunicação, gerir corretamente as diferenças e alargar a cooperação".

Lusa

Milei e Meloni entre os chefes de Estado presentes.

Entre os convidados de Donald Trump para a cerimónia de tomada de posse vão estar vários chefes de Estado, destacando-se Javier Milei, presidente da Argentina, sendo que o líder chinês Xi Jiunping também foi convidado mas vai fazer-se representar por membros do seu governo.

Certo é que a União Europeia não terá nenhum dos seus altos representantes em Washington, sendo que a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni é a única líder de um país dos 27 Estados membros que marcará presença.

Destaca-se ainda a presença da extrema-direita europeia, com uma delegação dos Patriotas pela Europa, que integra André Ventura, do Chega.

No entanto, Portugal estará representado pelo embaixador Francisco Duarte Lopes.

Refira-se ainda que Joe Biden, Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush, os antecessores de Trump, também vão estar na cerimónia.

Vice-presidente chinês pede a empresas dos EUA que reforcem laços com China

O vice-presidente chinês Han Zheng apelou às empresas norte-americanas para "aproveitarem a oportunidade" de reforçar os laços económicos com a China, num encontro com o empresário Elon Musk, avançou hoje a imprensa chinesa.

Han está nos Estados Unidos na qualidade de "representante especial" do Presidente chinês Xi Jinping, para participar na cerimónia de tomada de posse de Donald Trump.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, chefe da fabricante de automóveis elétrictos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX e acionista maioritário da rede social X, investiu milhões de dólares para apoiar a campanha presidencial de Trump.

O bilionário também tem uma grande rede de apoiantes na China, onde a Tesla tem uma das suas megafábricas e está a tentar competir com os fabricantes de automóveis locais.

Durante o encontro com Elon Musk, no domingo, Han Zheng "deu as boas-vindas às empresas americanas" e apelou a que "aproveitem a oportunidade e partilhem os frutos do desenvolvimento da China", segundo a imprensa chinesa.

Elon Musk disse que a Tesla está "pronta para aprofundar a cooperação com a China" e "desempenhar um papel ativo nas trocas económicas e comerciais entre os Estados Unidos e a China", de acordo com a imprensa oficial.

Lusa

Cerimónia prevista para as 17.00 horas

Donald Trump toma esta segunda-feira posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos, uma cerimónia prevista para as 17.00 horas (12.00 horas locais) no Capitólio, em Washigton, com discursos do vice-presidente J. D. Vance e do presidente.

O dia começará, no entanto, por volta das 15.30 horas (10.30 locais) com um um chá na Casa Branca entre o presidente cessante e o eleito, que irá anteceder a tradicional cerimónia de juramento.

Diário de Notícias
www.dn.pt