Stoltenberg: "Adesão da Finlândia e da Suécia demorará mais algum tempo"
O secretário-geral da NATO admite que "já esteve mais otimista" quanto à rápida adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança Atlântica. Jens Stoltenberg reconhece que "há problemas" que precisam de ser ultrapassados, que poderão arrastar o processo por mais algum tempo.
Stoltenberg falava em Bruxelas, numa antevisão do encontro desta tarde com os ministros da Defesa da Aliança, do qual espera um compromisso relativamente à Ucrânia, nomeadamente através de uma assistência de "longo prazo".
"Espero que, no encontro, os aliados cheguem a acordo sobre um pacote global de assistência à Ucrânia para uma ajuda a longo prazo, na transição do equipamento da era soviética para o equipamento moderno da NATO e para melhorar a interoperabilidade com a NATO", afirmou.
"Os aliados estão empenhados em continuar a fornecer o equipamento militar que a Ucrânia precisa para triunfar, incluindo armamento pesado e sistemas de longo alcance", assegurou o secretário-geral da NATO, depois de o governo ucraniano ter afirmado que até hoje recebeu "apenas 10%" do armamento solicitado ao ocidente.
Stoltenberg defendeu que a NATO deve continuar a reforçar a presença no leste da Europa, esperando que haja decisões "sobre a dimensão e a conceção da postura a longo prazo" para garantir da defesa "de cada centímetro do território aliado desde o primeiro momento e em qualquer altura e contra qualquer ameaça". "Isto significará mais presença, mais capacidades e maior prontidão", acrescentou.
Quanto à adesão dos dois novos candidatos, o secretário-geral da NATO admite que o seu nível de "otimismo" já foi maior "do que agora". "Já estive mais otimista do que agora. Isso é correto. Porque na fase anterior não tínhamos qualquer informação que indicasse que a adesão seria um problema", afirmou, referindo-se às questões levantadas pela Turquia, que ameaça vetar a adesão dos dois países.
Stoltenberg acredita, porém, que os problemas serão resolvidos, embora possa "demorar mais algum tempo".
"Precisamos, naturalmente, de abordar essas preocupações, essas questões. E é exatamente isso que estamos a fazer e temos sinais positivos da Finlândia e da Suécia. Estamos a trabalhar em estreita colaboração com a nossa aliada Turquia para os resolver", afirmou