Sete mortos em duas vagas de ataques de Israel contra o Líbano que interromperam cessar-fogo
O exército israelita realizou fez este sábado duas vagas de ataques no Líbano, que foram os primeiros desde o cessar-fogo de 27 de novembro, que interrompeu 13 meses de conflito entre o Hezbollah e Israel.
De manhã, os ataques causaram seis mortos, dos quais uma criança, enquanto 28 pessoas ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. À tarde, na cidade de Tiro, uma das maiores cidades do sul do Líbano, o ataque causou um morto e feriu sete.
Um porta-voz israelita justificou o ataque como uma resposta a disparos de três rockets provenientes em território libanês, mas que não foram reivindicados, adiantando que o alvo da resposta de Israel foi “o quartel-general do comando, agentes terroristas, lançadores de mísseis e um depósito de armas do terrorista Hezbollah".
O grupo xiita Hezbollah negou durante a tarde qualquer envolvimento nos ataques e acusou os israelitas de procurarem "pretextos para continuar os seus ataques contra o Líbano".
O exército israelita e o Ministério da Defesa libanês revelaram que estavam a proceder a investigações para apurar quem terá disparado os três rockets.
O exército libanês garantiu ter encontrado e desmontado três “lançadores de rockets primitivos” no sul do país, tendo inclusive divulgado fotos que mostram fragmentos de bombas e três postes de madeira na terra, aparentemente usados no lançamento.
O ministro da Defesa do Líbano, Michel Menassa, assegurou que o seu país está a condizir "esforços diplomáticos, políticos e militares para garantir a soberania do Líbano”, enquanto o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, alertou para uma resposta severa ao disparo de rockets contra a vila fronteiriça israelense de Metula.
“Metula e Beirute serão tratadas da mesma forma. O governo libanês é totalmente responsável por qualquer incêndio originário de seu território”, disse Katz.